Quase 40% vão usar o 13º para pagar dívidas

Grande parte dos maringaenses pretende usar o 13º salário para pagar contas atrasadas. É o que mostra uma pesquisa da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim). Trinta e oito por centro dos 540 entrevistadores disseram que vão usar a renda extra para quitar débitos atrasados, ao passo que 27% planejam poupar o recurso. O estudo mostra ainda que 18% dos consumidores querem comprar presentes de Natal e outros 17% vão usar o dinheiro para outras finalidades, como viajar.

O resultado da pesquisa reflete uma tendência nacional. De acordo com estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), 64% dos consumidores devem usar o pagamento para se livrar de contas atrasadas. O número é 6,6% maior do que na comparação com 2008.

Na avaliação da Anefac, o resultado indica que a crise, além de provocar retração econômica, aumento do desemprego e dificuldade ao acesso de crédito, trouxe uma elevação no endividamento dos consumidores. A pesquisa revela que apenas 1% das pessoas pretende poupar parte do seu 13º.

O valor total de pagamentos com o 13º salário no Paraná deve crescer 4,86% em relação a 2008, quando foi estimado em R$ 4,26 bilhões, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Gastos com Natal

A Acim também questionou os entrevistados sobre os gastos com o Natal deste ano. A maioria (57%) afirmou que pretende gastar neste ano o mesmo que gastou em 2008. Outros 14% prometem reduzir o volume de compras. Somente 22% planejam investir mais. Sete por cento afirmaram que ainda não definiram quanto vão gastar.

Apesar do posicionamento contido em relação às compras de Natal e ao uso do 13º, a maioria da população da cidade está feliz com a economia local. Mais de 81% classificaram a própria renda como satisfatória ou excelente. Em relação ao emprego que possuem, 96% fizeram a mesma avaliação. Já a economia do município recebeu a aprovação de 92,5% dos entrevistados.

A pesquisa foi realizada pela Acim e pelo Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).