Gazeta Maringá - Prefeito, gostaria que o senhor fizesse uma avaliação geral da cidade, que vive um importante momento em relação ao desenvolvimento econômico, obras, novos empreendimentos. Ao mesmo tempo enfrentamos desafios, como o fato de Maringá ser um pólo regional e termos várias cidades dependentes. Queria saber o posicionamento do senhor em relação a tudo isso. Como o prefeito Silvio Barros enxerga Maringá?
Eu viajo e vejo outras cidades, e eu fico pensando que se eu pudesse escolher um problema, eu escolheria exatamente esse [ter outras cidades na dependência]. Cidades mais antigas, com mais problemas de desenho e perfil urbanístico, os prefeitos têm problemas muito mais complicados para resolver. Os nossos vizinhos, da região metropolitana, precisam crescer tão, ou mais rápido do que a gente, pois senão desequilíbrio se acentua e vamos ficar com uma responsabilidade social que não nos pertence.
Dividir os ganhos, eu tenho certeza que é uma boa alternativa. O que a gente conquistar tem que ser para a região metropolitana e não para Maringá. Esperamos que o novo governo interprete a região de uma forma diferente, dando mais importância para essa solidificação do processo regional de desenvolvimento.
O senhor completa agora seis anos a frente da administração. Na sua avaliação, quais foram os principais avanços nesse tempo e o que ainda dá para ser feito nos anos seguintes?
A cidade de Maringá está muito diferente do que era quando eu recebi. A primeira conquista importante foi termos hoje uma prefeitura estruturada, bem organizada e equilibrada, do ponto de vista de receita e despesa, e que é respeitada pela comunidade, pelos fornecedores e pelos servidores como uma instituição séria e boa pagadora. Eu tenho impressão que esse passo é muito importante no contexto, porque se não temos essa moral, todas as outras coisas começam a dar errado. Outra conquista importante foi ter conseguido construir uma auto- estima na população de Maringá, que soma e puxa para cima.
Hoje o maringaense tem orgulho de dizer que é de Maringá, pois desenvolveu um sentimento extremamente positivo para com a cidade. Isso se reflete também na estabilidade econômica, já que temos atingido, ano após ano, recordes de arrecadação. Quando a pessoa entende que o imposto que ele paga está sendo bem aplicado em seu benefício, ele não se nega a pagar. Os índices de sonegação caíram e isso dá estabilidade para prefeitura fazer seu trabalho. Essas não são conquistas materiais, mas foram muito importantes e precisamos reconhecer no processo.
Depois temos as conquistas materiais, como a Vila Olímpica, o Contorno Norte que vai estrear uma etapa diferente da cidade de Maringá. Teremos o antes e o depois do contorno. O Novo Centro e o rebaixamento da linha férrea também são divisores importantes.
Ainda temos pela frente a implantação do novo sistema viário e de transporte coletivo, que vamos implantar até o fim da gestão, com a revitalização da Avenida Brasil e o contorno da Universidade, que também vão mudar os hábitos dos maringaenses. A implantação do novo centro cívico que será outro marco histórico na vida da cidade.
Como está o projeto do novo centro cívico? A transferência do Paço Municipal será o marco principal?
Não necessariamente. O Paço Municipal será uma das construções, mas o fórum já é algo que está consolidado. O judiciário será o primeiro poder a ser transferido para o novo centro cívico. Já temos a justiça do trabalho lá, vamos ter a justiça federal, o fórum de Maringá, a justiça eleitoral e o Ministério Público. Todos já com recursos garantidos para as construções novas. Penso eu que na seqüência irá a prefeitura. Antes de eu sair do governo nós teremos atingido a irreversibilidade, ou seja, teremos passado do ponto em que isso não terá mais retorno
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