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O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores de Maringá, Carlos Saboia (PMN), confirmou na manhã desta quinta-feira (3) que a revogação dos "super salários" será votada na semana que vem. "Vamos votar sem falta. Não passa de quinta[10]", afirma Saboia.

O reajuste de quase 90% nos salários dos vereadores foi aprovado em novembro do ano passado. No entanto, a pressão exercida pela comunidade fez com que alguns parlamentares revissem o posicionamento.

De acordo com a nova proposta, os vereadores devem ter um reajuste de 34,6% em seus subsídios, valor quase 60% menor do que havia sido definido anteriormente. O índice corresponde aos percentuais de reposição concedidos aos servidores públicos do legislativo municipal entre 2006 e 2012, período em que o salário dos vereadores não teve alteração. Os salários, portanto, passariam de R$ 12 mil para R$ 8 mil.

Reajuste polêmico

A nova remuneração dos parlamentares aprovada em 2011 e válida para a próxima legislatura (2013-2016), passa de R$ 6,3 mil para R$ 12 mil - uma elevação de cerca de 90%. A medida também beneficia secretários municipais, o vice-prefeito e o prefeito, que terão aumento no salário de R$ 17,3 mil para R$ 25 mil (elevação de 44%), maior até do que o subsídio pago atualmente ao prefeito de São Paulo (SP).

O aumento dos salários foi aprovado em regime de urgência na sessão do dia 17 de novembro. A proposta foi aprovada em primeira discussão por 10 votos a 3. No mesmo dia, a matéria recebeu novo parecer favorável durante sessão extraordinária.Na ocasião, Humberto Henrique (PT),Manoel Sobrinho (PCdoB) e Mário Verri (PT) votaram contrários ao reajuste. Marly Martin (PPL) que não esteve presente na sessão também declarou que era contrária ao valor de reajuste aprovado.

Revoltados com o aumento, internautas se mobilizaram e em 48 horas chegaram a coletar mais de 1,4 mil assinaturas, que seriam encaminhadas para o prefeito. O movimento, chamado de "Super Salário não, revogação já!", ganhou o apoio de várias entidades.

O grupo de oposição também apresentou um projeto de lei para revogar o reajuste, mas o processo foi indeferido após parecer da procuradoria jurídica da Câmara.

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