Mortes no trânsito de Maringá
- 2002 56 casos
- 2003 61 casos
- 2004 85 casos
- 2005 63 casos
- 2006 71 casos
- 2007 75 casos
- 2008 65 casos
- 2009 58 casos (6 na Avenida Colombo)
- 2010 51 casos (13 na Avenida Colombo)
Fonte: Secretaria de Transportes (Setran)
* São consideradas as mortes ocorridas no momento do acidente ou até 30 dias após a ocorrência
** As estatísticas da Avenida Colombo passaram a ser registradas pela Polícia Rodoviária Federal a partir de maio de 2009
A atual média mensal de mortes no trânsito de Maringá é a maior dos últimos oito anos. Entre janeiro e junho deste ano, houve 51 mortos em acidentes (13 somente na Avenida Colombo) - média de 8,5 casos por mês. A quantidade de vítimas já é próxima da registrada em todo o ano passado, quando 58 pessoas morreram nas vias maringaenses, o que resulta em uma média mensal de 4,8. Os dados são da Secretaria de Transportes (Setran), que não disponibilizou, em seu site, informações anteriores a 2002.
A 51ª vítima deste ano em Maringá foi Suely Businari Biasoli, de 56 anos, que morreu na manhã desta terça-feira (22). Segundo informações do Corpo de Bombeiros, ela morreu atropelada na Rua Maria Thereza Bergamasco, no bairro Cidade Jardim (próximo a Universidade Estadual de Maringá - UEM).
O índice deste ano já é maior até mesmo que o de 2004, quando Maringá registrou o maior número de mortes dos últimos anos: 85 - média de sete casos por mês. Na avaliação do comandante do Pelotão de Trânsito, tenente Roberto de França, o aumento ocorreu por uma série de fatores, como o crescimento acelerado da frota da cidade.
De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), entre MAIO de 2009 e maio de 2010, o total de veículos registrados em Maringá saltou de 210 mil para 227 mil veículos."Por mais que a prefeitura tenha realizado importantes melhorias, a nossa estrutura viária é praticamente a mesma do ano passado para atender 17 mil veículos a mais", afirmou.
Outro aspecto abordado por França são os acidentes envolvendo motociclistas, as principais vítimas do trânsito. "Tivemos uma aumento de 25% na frota das motos, mas o número de óbitos envolvendo motociclistas chega a 50%. Isso nos preocupa muito".
Para o comandante, a maioria dos acidentes ocorre por negligência. "Posso afirmar que 80% dos acidentes que atendemos poderiam ter sido evitados. Há muitos casos de excesso de velocidade, avanço de semáforo e utilização inadequada de equipamentos. Já tivemos acidentes envolvendo motos nos quais o capacete saiu da cabeça do condutor. É preciso orientação e, principalmente, conscientização dos condutores".
A reportagem também tentou ouvir o secretário de Transportes, Walter Guerlles, mas ele não foi encontrado para comentar os dados.
Aumentam os casos de atropelamento nas rodovias
O número de atropelamentos também tem aumentado nas rodovias. De acordo com a Viapar (concessionária que administra cerca de 500 quilômetros de rodovias da região Noroeste do Paraná), de janeiro a maio deste ano, essas ocorrências aumentaram 20% em relação ao mesmo período do ano passado. O maior número foi registrado na entrada de cidades, caso dos perímetros urbanos de Sarandi e Mandaguaçu, ambos na BR-376; ou em trevos às margens das rodovias. Até agora, foram 10 mortes contra oito de 2009.
"O que mais chama a atenção é o fato de que muitos dos acidentes acontecem próximo a passarelas. Por imprudência, há quem prefira arriscar a vida a utilizar a valer-se da segurança da passarela", afirmou o coordenador do Centro de Controle e Operações (CCO) da empresa, Ronaldo Parpinelli, em um release distribuído pela empresa. Na noite de segunda-feira (21), uma pessoa morreu atropelada na BR-376, em Sarandi, a 700 metros da passarela para pedestres. O motorista contou que, ao ver a mulher de 42 anos sobre a pista, não teve tempo de desviar.
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