Os funcionários da Prefeitura de Paiçandu começaram nesta sexta-feira (19) as atividades programadas para uma semana de protestos. Eles reivindicam reposição salarial e pagamento de piso para algumas categorias de trabalhadores que recebem salário mínimo. As propostas estão sendo discutidas desde ano passado, mas ganharam peso a partir de janeiro, depois de alguns cortes feitos pelo prefeito Vladimir da Silva (PMDB). Paiçandu, região metropolitana de Maringá, tem 850 servidores na administração pública.

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As ações foram definidas em assembleia geral de funcionários na noite de quinta-feira (18). "Hoje já estamos em mobilização de meia hora em frente à prefeitura", disse Elivani Maria Sarri, presidente do Sindicato de Servidores Municipais de Paiçandu (Sismup). A programação de protestos segue pelo fim de semana, quando serão entregues panfletos ao final dos cultos religiosos.

Na segunda-feira (22), os manifestantes estarão novamente em frente ao paço municipal, em mais meia hora de mobilização, sempre no horário do almoço. À noite haverá uma visita à Câmara Municipal, onde as reivindicações serão apresentadas durante sessão. Na terça-feira (23), os servidores fazem uma passeata pelas ruas da cidade, a partir de 19h. Outra mobilização de meia hora acontece na quarta-feira (24), um dia antes da principal ação sindical. Na quinta (25), os servidores cruzam os braços a partir de 13 horas, paralisando as atividades por meio expediente. "Até lá vamos mobilizar pelo menos 80% dos funcionários", disse a presidente.

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Também na quinta haverá reunião com o prefeito, na qual as reivindicações serão postas à mesa. Eles pedem reposição salarial, já que os trabalhadores em geral estão com defasagem de 10,3%, e o magistério com perdas acumuladas de 20%, segundo o Sismup.

Para os professores e agentes de saúde, o pedido é de pagamento do piso nacional da categoria, R$1,3 mil e R$930, respectivamente. Nos dois casos, os servidores recebem o salário mínimo de R$510.

Prefeito admite "medidas firmes"

O prefeito de Paiçandu, Vladimir da Silva admitiu que precisou tomar "medidas firmes" para adequar o orçamento à Lei de Responsabilidade Fiscal. "Ano passado, quando tinha receita, concedi reajuste acima da inflação, mas agora não deu", disse. Segundo o próprio prefeito, em 2010, só recebeu readequação quem ganhava menos de um salário mínimo. "Os funcionários só trabalham as horas previstas em concurso", disse, explicando que as horas extras também foram extintas.

Um novo concurso público, para contratação de novos servidores foi cancelado, como forma de diminuir os gastos. Sobre os protestos, o prefeito comentou. "É uma manifestação democrática. Vamos sentar e discutir".

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