O prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), sancionou as duas leis que autorizam o reajuste nos salários dos vereadores e do prefeito para a gestão que terá início em 2013. Os editais foram publicados na edição de segunda-feira (21) do Órgão Oficial do Município de Maringá e também definem o aumento nos subsídios do vice-prefeito e dos secretários municipais.
As leis são de autoria da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal. O aumento dos salários foi aprovado em regime de urgência na sessão na última quinta-feira(17). A nova remuneração dos parlamentares, válida para a próxima legislatura (2013-2016), passa de R$ 6,3 mil para R$ 12 mil - uma elevação de cerca de 90%.
A medida também beneficiou o prefeito, que teve aumento no salário de R$ 17,3 mil para R$ 25 mil (elevação de 44%), maior até do que o subsídio pago atualmente ao prefeito de São Paulo (SP).
Revoltados com o aumento, internautas se mobilizaram e em 48 horas chegaram a coletar mais de 1,4 mil assinaturas, que seriam encaminhadas para o prefeito. No entanto, Silvio Barros já havia se posicionado sobre o tema, informando que não discorda do aumento do salário a partir da próxima gestão.
"Temos de ter coerência. A cidade quer ser bem administrada, então, deve proporcionar aqueles que têm a responsabilidade de cuidar da cidade condições para isso", afirmou, em entrevista à RPCTV Maringá, na segunda-feira (21).
Outros salários
Com as leis aprovadas na segunda-feira (21) o próximo vice-prefeito de Maringá receberá mensalmente R$ 12 mil, aumento de 43,9% em relação ao subsídio pago atualmente. O salário do presidente do legislativo - que pelo acúmulo de funções, recebe cerca de 50% a mais do que os demais vereadores teve aumento de 46,5% Pela proposta, o salário subiria dos atuais R$ 9,6 mil para R$ 14,1 mil. Já os secretários municipais receberão R$ 12 mil, elevação de 43,9%.
Observatório Social critica aumento
O presidente do Observatório Social de Maringá, Carlos Anselmo Correa, criticou duramente o reajuste aprovado pelos vereadores. "Se levarmos em consideração a produtividade do nosso legislativo e a disponibilidade dos vereadores, este é um salário muito elevado. Se também lembrarmos o salário mínimo do trabalhador brasileiro, este reajuste torna-se mais agravante".
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