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Parque do Ingá está interditado há dois dias | PMM
Parque do Ingá está interditado há dois dias| Foto: PMM

Mais um sagui morreu no Parque do Ingá, em Maringá. De acordo com o gerente do Parque, Mauro Nani, o animal foi encontrado doente durante a noite desta quinta-feira (16), mas morreu na manhã de sexta-feira (17). Ao todo, nove saguis e um macaco-prego morreram desde o início de abril com suspeita de febre amarela.

O Parque do Ingá foi interditado nesta quarta-feira (15) como medida preventiva de segurança. "Quase 100% da população de Maringá já está vacinada, mas, como existe a visitação de muitos turistas e nós não conseguimos controlar se todos estão imunizados, resolvemos fechar o local até os exames serem concluídos", afirma a diretora de Vigilância em Saúde da prefeitura, Rosângela Treichel.

Segundo o gerente, a causa da morte dos animais ainda não foi identificada, mas são grandes as chances deles terem contraído febre amarela. "Fizemos a necropsia neles e constatamos que todos estavam com órgãos inchados e apresentavam hemorragia, que são alguns indícios da febre amarela. Mas ressaltamos que pode ser outra doença", afirma Nani.

Amostras de sangue dos animais foram enviadas a laboratórios de São Paulo e do Pará, para que os exames confirmassem qual doença vitimou os macacos. O resultado deve ficar pronto na primeira semana de maio, e até esta data o parque deve permanecer fechado.

Segundo Nani, os animais dos outros bosques da cidade também estão sendo monitorados e, até esta sexta-feira, nenhuma anormalidade havia sido constatada. "Todos os dias pela manhã levamos comida aos animais dos outros parques, que são, em sua maioria, macacos-pregos. Não verificamos nenhum comportamento anormal", ressalta.

Segundo Rosângela, as pessoas que caminham em volta do Parque do Ingá devem ficar tranquilas, pois não existe risco.

Londrina faz campanha contra febre amarela

A Prefeitura de Londrina lançou na manhã desta sexta-feira (17), uma campanha de vacinação contra a febre amarela. Segundo o secretário da Saúde, Aparecido José Andrade, não há motivo para preocupação e o principal objetivo da campanha é imunizar aproximadamente 10% da população, cerca de 50 mil pessoas, que ainda não recebeu a dose da vacina.

De acordo com o secretário, os recentes casos de febre amarela no interior de São Paulo e a morte de macacos no Parque do Ingá, em Maringá, suspeitos de contágio pelo vírus da febre amarela, levaram a prefeitura a lançar esta campanha.

A doença

De acordo com a diretora de Vigilância, existem dois tipos de febre amarela: a urbana (que foi erradicada do Brasil) e a silvestre (que atinge os macacos). A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, presente nas matas, e pode chegar aos homens. "A preocupação é quando este mosquito, que atingiu o macaco, infecte também os humanos. Se isso acontecer, a febre amarela urbana pode voltar", explica.

A vacina contra a doença tem validade de 10 anos e não deve ser repetida dentro desse período. "É uma dose muito forte e pode causar complicações de saúde, levando até a morte", avisa Rosângela.

Quem não se vacinou nos últimos 10 anos pode procurar qualquer unidade básica de saúde da cidade. A dose contra febre amarela é gratuita.

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