A partir do mês que vem, a tarifa integrada do transporte coletivo será levada para outras cidades da Região Metropolitana de Maringá. O anúncio foi feito na segunda-feira (30) pelo prefeito de Maringá Carlos Roberto Pupin (PP) durante a entrega do relatório da CPI do Transporte Coletivo pala Câmara de Vereadores.
Até o momento, a integração vale para quem se desloca entre Maringá, Sarandi e Paiçandu. Em novembro, a tarifa será integrada para os usuários do transporte coletivo entre Maringá e Itambé, Floresta, Doutor Camargo e Ivatuba. No início do próximo ano, a expectativa é de que o benefício seja ampliado para Mandaguaçu, Iguaraçu, Marialva e Mandaguari.
Na ocasião, Pupin explicou que a integração imediata será possível entre as linhas que já utilizam a bilhetagem eletrônica. As demais vão adotar o sistema para a implantação do benefício. "Estamos valorizando os usuários da Região Metropolitana e a partir das sugestões do relatório da CPI da Câmara vamos melhorar ainda mais o transporte coletivo urbano", afirmou Pupin em entrevista ao site da Prefeitura.
Durante a solenidade, o prefeito ainda assinou um decreto ao governador Beto Richa (PSDB), solicitando subsídio na tarifa do transporte metropolitano. Segundo o prefeito, o pedido feito por Maringá representa 10% do valor repassado para o sistema de Curitiba, que vai receber R$ 50 milhões ao ano.
Prefeitura estuda redução de R$ 0,05 na tarifa
Durante o anúncio, Pupin informou que com a integração, a Prefeitura de Maringá está avaliando uma redução de até R$ 0,05 na tarifa do transporte coletivo. O desconto é abaixo do que o recomendado pelos vereadores. Aprovado na tarde de segunda-feira (30), o relatório final da CPI apontou a necessidade de uma tarifa pelo menos R$ 0,20 menor do que os atuais R$ 2,55 no pagamento via Cartão Passe Fácil e R$ 3 em dinheiro.
"O relatório da CPI vai nos orientar neste sentido [reduzir a tarifa] , mas adianto que o Executivo está buscando alternativas para isso", lembrou o prefeito, citando a melhoria no terminal urbano, a instalação de pontos que atendam a necessidade dos usuários e a implantação dos corredores preferenciais.
Valores superestimados
O relatório final da CPI apontou várias irregularidades em três áreas: preço da tarifa, contrato com a Prefeitura de Maringá e qualidade do serviço. A investigação apontou uma diferença de até 261% entre os valores orçados pela TCCC e os valores realmente gastos em peças, pneus e lubrificantes.
Os trabalhos da comissão se concentraram na aferição do valor da tarifa entre junho de 2010 e maio de 2011, que serviu de base para o reajuste tarifário com cálculo matemático. O relatório elaborado por Humberto Henrique (PT) tem 560 páginas, além de mais de 4 mil páginas de anexos referentes aos documentos solicitados ao Executivo Municipal e a empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC).
Além do relator, o documento que foi foi aprovado por Chico Caiana (PTB), Ideval de Oliveira (PMN), Márcia Socreppa (PSDB) e por Luciano Brito (PSB), que presidiu a comissão. O relatório será publicado no Diário Oficial do Município. Além da Prefeitura, os documentos também serão encaminhados para a Mesa Executiva da Câmara de Vereadores, Ministério Público do Paraná (MP-PR) e Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).