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Só no mês de junho 585 carteiras de habilitação foram devolvidas em Maringá | Arquivo
Só no mês de junho 585 carteiras de habilitação foram devolvidas em Maringá| Foto: Arquivo
  • Tira-teima: trajeto percorrido pela reportagem na Avenida São Paulo, entre a entrada do Parque do Ingá (A) e Avenida Colombo (B)

As largas ruas e avenidas de Maringá, planejadas há seis décadas, já não suportam mais a quantidade de veículos que circulam por elas. Quem enfrenta as principais vias da cidade durante os horários de pico tem de ter muita paciência para conseguir avançar poucos metros num considerável período de tempo. Com a explosão da frota de veículos nos últimos anos que alcançou a média de 1,6 para cada habitante, o trânsito em algumas regiões da cidade está caótico. Carros, ônibus, motos e caminhões lutam por espaço e se arrastam em filas na hora do rush (entre 8 e 18h).

Na Avenida São Paulo, o semáforo abre e fecha três vezes até o taxista Osvaldo Moreira Filho conseguir cruzá-lo para chegar ao ponto de parada do cliente, logo na outra quadra. Foram aproximadamente três minutos para rodar pouco mais de 50 metros. Segundo Moreira, toda corrida que um taxista faz na hora do rush é a mesma situação: trânsito lento e congestionado.

No ponto de táxi localizado na Avenida São Paulo, onde Moreira trabalha, ele e mais um grupo de taxistas afirmam que o trânsito maringaense está perto do caos. "Não existe sincronia dos sinais, não há vias alternativas e existem vários pontos de estrangulamento de tráfego, onde há o encontro de duas grandes vias, ou avenidas que acabam em pequenas ruas de mão dupla", diz outro taxista, Vilmar Oliveira.

Para se ter uma ideia do tempo que leva um veículo para chegar de um ponto a outro no Centro de Maringá, durante o horário de pico, Oliveira descreve o trajeto de cerca de um quilômetro e meio da Avenida São Paulo. "O trecho entre a entrada do Parque do Ingá até o cruzamento da São Paulo com a (Avenida) Colombo, que num domingo é feito em 3 minutos, na hora do rush leva 20 minutos", ressalta.

Para o gerente de transportadora, André Luis Peres, o tempo perdido nas ruas significa prejuízo para a empresa no final do mês. "O frete atrasa e a quantidade de horas extras pagas aumenta. Os veículos sofrem desgastes por causa do uso de marchas lentas. Andando sempre em primeira marcha não há combustível ou óleo que dure de forma satisfatória", ressalta o gerente. "Um veículo que faz cinco quilômetros com um litro de diesel acaba fazendo cerca de quatro. Isso é muito gasto no fim de um dia."

No ranking da Prefeitura de Maringá, as avenidas que apresentam congestionamentos constantemente nos horários de pico são as vias arteriais que cortam a cidade no sentido norte/sul. Dentre elas estão as avenidas 19 de Dezembro, Mandacaru, Guaiapó, São Paulo e Morangueira. Apesar de não terem sido citadas, os motoristas classificam ainda como avenidas críticas a Brasil, Herval, Duque de Caxias, Paraná e Colombo.

Tira-teima

A reportagem resolveu encarar o trânsito da Avenida São Paulo no horário de pico (18h25) para conferir se o tempo gasto entre Parque do Ingá e o cruzamento da Avenida Colombo iria durar aproximadamente 20 minutos como disse o taxista Oliveira. O resultado foi uma demora ainda maior. Percorremos todo o trecho pela pista da direita, sem trocar de faixa, desde a entrada do Parque do Ingá até o Cruzamento da Avenida Colombo - foram cronometrados 26 minutos e 42 segundos. Chegamos ao final do percurso às 18h51. Quase meia hora para andar por um trecho de 1,5 quilômetro.

Vale lembrar que a São Paulo consiste em quatro pistas (separadas por um canteiro central) onde circulam carros nos dois sentidos da via.

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