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Maringá

Trechos da Avenida Colombo estão entre os líderes de acidentes no Paraná

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Dois trechos da Avenida Colombo, trecho urbano da BR-376 em Maringá, estão entre os dez com maior número de acidentes em estradas federais do Paraná no primeiro semestre deste ano.

De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 464 acidentes na rodovia, o terceiro maior número do estado, atrás apenas da Linha Verde de Curitiba (BR-476), com 635 colisões; e da Região da Serra da BR-376, sentido litoral de Santa Catarina.

Outro trecho preocupante é o que liga Maringá a Sarandi. Entre janeiro e junho deste ano, houve 229 acidentes no local, a décima maior quantidade do estado.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de acidentes na via oscilou pouco. Entre os quilômetros 160 e 179 da Avenida Colombo, foram 478 colisões em 2010 (14 a mais). No outro trecho, entre os quilômetros 180 e 199, foram contabilizados 231 acidentes - dois a menos do que neste ano.

Número de mortes não aumentou

Apesar do grande número de acidentes, a Avenida Colombo não está entre os trechos com maior número de mortes no estado. Em toda a via, houve seis mortes este ano, mesma quantidade registrada no primeiro semestre de 2010. A última morte ocorreu no dia 25 de maio, quando um motociclista foi atingido por um caminhão ao tentar mudar de pista.

No Paraná, o maior número de mortes ocorreu na região da Serra (BR-376), onde 17 pessoas perderam a vida. Na sequência aparecem o perímetro urbano de Londrina (BR-369), o trecho entre Curitiba e Araucária (BR-476) e o final do Contorno Leste de Curitiba (BR-116), com nove mortes cada.

Trechos urbanizados demandam mais atenção

O levantamento da PRF indica cinco dos dez pontos com maior número de acidentes estão em trechos urbanizados. Especialistas recomendam mais atenção e prudência no trânsito. José Mário de Andrade, diretor de negócios internacionais da Perkons (empresa que fabrica equipamentos de fiscalização eletrônica), afirma que o problema nos trechos urbanos das rodovias está na inversão da realidade.

Andrade explica que, quando está no perímetro urbano, o motorista continua achando que está na rodovia. Por outro lado, o morador acha que a estrada é uma rua normal. "É preciso que os dois lados entendam o que é a rodovia. O motorista precisa diminuir a velocidade, prestar mais atenção. Da mesma forma, o morador precisa se conscientizar", diz.

Segundo o diretor da Perkons, a fiscalização e a sinalização são maneiras de forçar o condutor a diminuir a velocidade nos trechos urbanizados. "Se todos respeitassem a sinalização, provavelmente os números de acidentes diminuiriam muito, mas muito", afirma.

Para o engenheiro André Caon, coordenador do Fórum Social de Mobilidade Urbana, o ideal seria a retirada das rodovias de centros urbanos, como Curitiba, Londrina e Cascavel. "Caso não seja possível, é necessário reduzir ao máximo a velocidade dos veículos, com semáforos e radares, e aumentar a mobilidade dos pedestres, com passarelas", defende.

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