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Durante o ano, a Câmara divergiu do Executivo por diversas vezes: foram cinco vetos derrubados | Divulgação / Câmara Municipal de Maringá
Durante o ano, a Câmara divergiu do Executivo por diversas vezes: foram cinco vetos derrubados| Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Maringá

O presidente da Câmara Municipal de Maringá (CMM), Ulisses Maia, optou por filiar-se ao partido Solidariedade (SDD). O vereador confirmou a informação nesta sexta-feira (27), citando que será o presidente partidário na região de Maringá. Ele já havia adiantado na quinta-feira (26) que deixaria o Partido Progressista (PP), mas ainda precisava decidir entre o SDD e o Partido Republicano da Ordem Social (Pros).

Maia optou pelo SDD por dizer acreditar que no partido ele terá mais liberdade que no Pros, que possui ligação com o Partido dos Trabalhadores (PT). "O Pros é ligado ao PT. Não teria problema algum nisso, mas prefiro um partido que tenhamos mais liberdade para organizar tudo. No Pros não teria isso", explicou.

A decisão veio após o presidente da CMM analisar o programa e o estatuto de ambos os partidos, aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (24). Maia terá um cargo estadual no novo partido, mas ainda não sabe qual será a posição. "Analisando tudo isso, percebi que tenho mais identificação com o Solidariedade."

Na quinta-feira (3), o deputado federal Fernando Francischini, presidente federal do SDD, estará em Maringá para fazer a filiação de todos os políticos da região interessados na mudança. "Não estou dando conta de tanta demanda, muitos vereadores da região também estão aproveitando para mudar de partido", contou.

Saída do PP

Maia explicou que decidiu se filiar ao Solidariedade porque, assim, não precisaria deixar o atual mandato como vereador de Maringá. Os políticos só não perdem o atual mandato se mudarem para um partido novo até outubro. "Não saio atritado [do PP], mas, sim, para criar um grupo independente e novo em Maringá. Uma nova opção", disse.

Independência

Durante os nove primeiros meses do ano, a CMM divergiu do Executivo por diversas vezes. Foram cinco vetos derrubados, a exemplo daquele do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) à emenda aprovada pelo Legislativo que limita em um ano o período de desoneração do Imposto Sobre Serviço (ISS) e do veto parcial do Executivo ao projeto de lei que torna pública a divulgação das planilhas de custo do serviço de transporte coletivo.

Em entrevista concedida em julho para avaliar o primeiro semestre da CMM, Maia disse que a derrubada de vetos mostra a força dos vereadores e a independência em relação ao Executivo. "Enfrentamos muitas divergências com o Executivo. Agora não tem volta. Chegamos num momento de posicionamento independente, reconhecido pela cidade e que não pode mais ser alterado ao longo do ano", afirmou.

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