Os vereadores de Maringá devem votar na sessão desta terça-feira (4) o pedido de suspensão por dez dias do vereador John Alves (PMDB). Na sessão de quinta-feira (29), o parlamentar tirou a camiseta no meio do plenário, impedindo a votação do projeto que revoga a exigência de um cadastro para a construção de casas geminadas. A informação foi confirmada pelo presidente da Casa, Mário Hossokawa (PMDB).
O pedido de suspensão foi feito pela Mesa Executiva da Câmara, que se reuniu na noite de segunda-feira (3) para avaliar o pedido de cassação do mandato de Alves, apresentado pelos vereadores de grupo de oposição. "Havíamos recebido um ofício para aplicar a pena máxima, mas a mesa decidiu pela suspensão temporária, que será levada para o plenário", explicou o presidente do legislativo.
Para a suspensão ser aprovada, a proposta precisa de maioria simples (metade mais um dos vereadores presentes). Caso a punição seja aplicada, não será necessária a convocação do suplente, que só assume o cargo se um vereador for se ausentar da Câmara por um período superior a 120 dias.
Criação de comissão deve ser votada na quinta-feira (6)
Os vereadores que pediram a cassação de Alves ainda pretendem criar uma Comissão Processante para avaliar possível quebra de decoro parlamentar. Segundo Mário Verri (PT), o pedido deve ser feito para a sessão da próxima quinta-feira (6). "Vamos votar pela suspensão, mas não concordamos só com isto. Queremos uma punição mais severa", explicou Verri.
Ainda de acordo com o vereador, o pedido para abertura da comissão deve ser feito pelo diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT). Se a proposta fosse protocolada por um parlamentar, este ficaria impedido de votar.
Se o pedido for feito e acatado pela Câmara, a Mesa Diretora fará um sorteio para definir os três membros da comissão. O grupo terá 90 dias para analisar o caso e elaborar um relatório. A comissão pode pedir punições ao vereador, que pode ser uma suspensão temporária ou até mesmo a cassação do mandato. Para que a punição seja aprovada, precisa de pelo menos oito votos.
A reportagem tentou contato com o vereador John Alves (PMDB), mas ele não atendeu as ligações.