O presidente das Organizações Globo, o jornalista Roberto Irineu Marinho, destacou a importância da liberdade de expressão da imprensa em uma democracia, durante a abertura do 19.º Congresso Brasileiro dos Magistrados, ontem, em Curitiba. Marinho foi condecorado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) com uma comenda por relevantes serviços prestados à Justiça no Brasil.
A polêmica voltou à tona duas semanas depois que o governador Roberto Requião (PMDB) destratou jornalistas durante uma coletiva de imprensa para comemorar sua reeleição e um mês e meio depois de a coligação de Requião pedir a quebra do sigilo telefônico de três jornalistas da Gazeta do Povo e uma da Folha de São Paulo. Em seu discurso, Marinho afirmou que a intenção não é de que a imprensa esteja "intocável", mas que ela seja livre. "Sem liberdade não há democracia", afirmou. O jornalista relembrou os anos de censura durante a ditadura militar e mandou um recado aos governantes: "Os nossos governantes estão se dando conta de que a liberdade deve ser respeitada", disse.
Para Marinho, a principal meta dos veículos de comunicação é buscar a isenção na cobertura dos fatos. Ele admitiu que nem sempre isso é possível, mas que o trabalho dos jornalistas é vigiado pelo leitor. "A qualidade da informação é uma exigência do consumidor", afirmou.
A comenda da AMB, criada na década de 50, homenagea pessoas consideradas fundamentais para promover a Justiça no país. Além de Marinho, receberam a comenda o jurista e constitucionista Luís Roberto Barroso, pelo combate ao nepotismo no judiciário; a ministra Ellen Gracie, presidente do STF; e o desembargador Cláudio Baldino Maciel, ex-presidente da AMB. (TB)
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