Os estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deflagraram uma greve estudantil no dia 19 de agosto. Entre as reivindicações dos alunos estão: alimentação adequada no Restaurante Universitário (RU) e congelamento do valor da refeição em R$ 1,30; repasse de vale-refeição para aqueles estudantes que dependem do RU Central e não podem se deslocar para os demais campus diariamente para fazer as refeições; manutenção das bolsas permanência e de monitoria, reajuste dos valores de acordo com a inflação e pagamento imediato das bolsas em atraso; auxílio médico e psicológico para estudantes; divulgação do orçamento do segundo semestre letivo de 2015 e discussão sobre os prejuízos sofridos pelo corte de verbas do governo federal.
Apesar do proclamado status de grevistas, o advogado e professor de Direito Administrativo da Universidade Positivo, Rodrigo Pironti, explica que teoricamente uma greve só é possível em situações que envolvam categorias profissionais. “O que existe neste caso é uma tentativa de oposição ao sistema que eles acreditam estar errado e a expressão ‘greve’ é usada para ampliar essa insurgência”, afirma.
Pironti ainda ressalta que historicamente uma “greve” traz consigo uma forma de oposição a determinado sistema. “Essa expressão acaba sendo usada como uma conotação social ampliada. Além do mais, uma greve busca sempre uma adesão popular, que pode ser uma forma desse grupo tentar ganhar esse apoio popular e buscar reconhecimento social”, afirma.