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Em Curitiba, o tempo seco evidenciou a poluição dos rios, causada por ligações irregulares de esgoto doméstico. Sem chuvas, o volume de água diminui, a sujeira fica mais concentrada e o mau cheiro se prolifera. O odor ruim é comum em áreas centrais, em bairros nobres e também na periferia. Mesmo em regiões onde os rios foram canalizados, o fedor sobe pelos bueiros, causando desconforto para quem trabalha, mora ou simplesmente passa pelos locais.

Apesar de a capital paranaense possuir uma rede de coleta de esgoto que cobre 90% da cidade, as ligações clandestinas de esgoto doméstico ainda são um grave problema do município. "O mau cheiro é um dos indícios de que a condição dos rios não é tão boa quanto deveria ser com um índice de rede de esgoto tão alto", diz a coordenadora de Recursos Hídricos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Claudia Boscardin.

Ela explica que, diferente do que possa parecer, as ligações clandestinas não são exclusividade das áreas de ocupação irregular. Através do Plano de Despoluição Hídrica, 50 mil residências – 60% do total – da Bacia do Rio Barigui foram vistoriadas e em pelo menos 17% as ligações eram irregulares. A intenção é que até o final do ano, o trabalho na bacia, que ocupa um terço de Curitiba, esteja concluído, para que a fiscalização continue identificando irregularidades em outras áreas urbanas já consolidadas.

De acordo com ela, o mau cheiro dos rios em Curitiba é agravado por­­que a cidade recebe a sujeira de municípios vizinhos que compartilham alguns rios e porque a capital abriga nascentes, onde o espaço para o curso das águas é menor.

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