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A formação de uma comissão de famílias de passageiros do vôo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico, na noite do último domingo (31), causou polêmica entre os parentes. Na quarta-feira (3), alguns familiares citaram publicamente a intenção de se organizar, mas uma nota oficial da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmava que ninguém estaria autorizado a falar em nome das famílias.

"Me senti intimidado pela Anac. Não sei porque a Anac a se prestou a esse papel. Se alguém não concordava, deveria se manifestar diretamente. Isso não é função da Anac. Eu pelo menos não a autorizo a falar em meu nome ", disse Maarten Vans Sluys, irmão da assessora da Petrobras, a jornalista Adriana Francisca Vans Sluys.

"Em algum momento essa comissão vai acontecer. A gente tem que manifestar o desejo de que o que aconteceu com nossos parentes se esclareça", completou.

A Anac nega qualquer intimidação e afirma que a nota foi um pedido de cerca de 50 familiares de passageiros que estariam no hotel na tarde de quarta. Eles teriam ficado insatisfeitos com a divulgação de uma lista com seus nomes e teriam solicitado que a agência enviasse o documento à imprensa, reiterando que não havia comissão formada para representá-los.

Encontro com associação de vítimas da TAM

Maarten disse que está disposto para ir a Recife, mesmo que numa fase posterior, a fim de acompanhar os trabalhos. "Iremos quando for oportuno. A gente tem esperança e quer se sentir participando do processo", explicou. "Se eu tivesse ido, e minha irmã ficado, sei que ela faria isso por mim", disse ele.

Segundo Maarten, ele deve se encontrar nesta sexta-feira (5) com um representante da associação de vítimas da TAM. "Vou me orientar melhor de como funciona essa questão de gestão de crise. O histórico deles vai ser muito importante para a gente saber como agir", contou. A representante, de acordo com ele, era amiga de Adriana, e que perdera uma irmã no acidente em Congonhas ano passado.

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