Pouco depois das 12 horas, chegaram ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André os médicos da Organização à Procura de Órgãos (OPO), ligada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Eles serão responsáveis pelos exames necessários e pela remoção dos órgãos de Eloá Cristina Pimentel, a adolescente de 15 anos que faleceu depois de ter sido vítima do mais longo seqüestro de São Paulo.
A morte cerebral de Eloá foi confirmada ontem às 23h30. Segundo a diretora do Centro Hospitalar, Rosa Maria Aguiar, todos os órgãos da menina, à princípio, estão intactos e poderão ser doados, mas são os especialistas da OPO que farão essa avaliação.
Rosa Maria informou que o Centro Hospitalar deve encaminhar algum representante à casa de Eloá, no Jardim Santo André, para que a família autorize, por escrito, a doação dos órgãos. A autorização ocorreu por telefone por familiares da menina. Isso seria necessário, segundo a diretora, porque a família de Eloá quer evitar a imprensa. Nenhum representante da família da garota se encontra no hospital.
Depois da remoção dos órgãos, o corpo de Eloá seguirá para o Instituto Médico Legal (IML). Serão realizados, então, os exames sobre o crime. Será verificada a informação de que o tiro que a matou teria sido disparado pelo ex-namorado da garota, Lindembergue Alves, de 22 anos.