Depois de mais de quatro meses de paralisação, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram em assembleia-geral, realizada no último sábado (16), retornar todas as atividades de perícia médica na próxima segunda-feira (25). Nesta semana, o atendimento continua a ser realizado com o efetivo de 30% de peritos, situação que causou a remarcação de aproximadamente 2,1 milhões de perícias, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP).
Apesar do retorno, os peritos permanecem em estado de greve. A ação tem como intuito abrir um caminho de diálogo com governo nesta paralisação,que já é a mais longa feita categoria. “Após uma assembleia que durou seis horas, a categoria entendeu que diante da insensibilidade do governo, a melhor alternativa é o retorno das atividades para não prejudicar ainda mais o cidadão”, afirmou o diretor sindical da ANMP Luiz Carlos Argolo.
Neste período de greve, que teve início no dia 4 de setembro, foram realizadas somente duas reuniões com o governo e as negociações não avançaram. Dentre as reivindicações defendidas pelos profissionais, está a reposição das perdas salariais (aumento em 27% parcelado em duas vezes) e a diminuição da jornada de trabalho de 40 horas para 30 horas semanais. Os médicos também exigem o fim da terceirização da perícia médica e a recomposição do quadro de funcionários.
De acordo com Luiz Carlo Argolo, serão priorizada as perícias médicas das pessoas que estão sem receber o benefício devido a remarcação do exame inicial. Caso o governo dialogue com a categoria e a greve termine, a situação das perícias pode ser normalizada em aproximadamente dois meses. Em nota pública, a ANMP afirmou que novas paralisações podem acontecer se as negociações não avançarem.
Colaborou: Larissa Mayra