A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (15) que o documento final da Rio+20 passará a ser discutido em reuniões bilaterais entre ministros de diferentes países a partir deste sábado (16).
A última rodada oficial de negociações antes da chegada dos chefes de Estado termina nesta sexta, mas muitas questões ainda travam o acordo. Segundo a ministra, o ponto mais "sensível" é o que trata dos recursos necessários para implementar as medidas discutidas na conferência. Apesar disso, ela se disse otimista com os possíveis resultados da Rio+20.
De acordo com Teixeira, a realização de reuniões bilaterais entre ministros é "rotina" nas negociações internacionais. "Isso é do processo de negociação. Os ministros começam a chegar, então a gente começa com bilaterais, que é da rotina", afirmou.
A ministra afirmou que recebeu notícias de avanços significativos nas negociações, mas não quis dizer quais temas avançaram mais. Ela destacou, porém, que a maior dificuldade gira em torno dos chamados "meios de implementação", que envolvem financiamento, capacitação e transferência tecnológica para viabilizar o desenvolvimento sustentável.
"[O problema] é menos capacitação, menos transferência tecnológica e mais a questão de viabilizar desembolsos permanentes de novo dinheiro, de dinheiro adicional ao que já existe", explicou, destacando que os negociadores estão "procurando caminhos" para tornar realidade a proposta de criação de um fundo de US$ 30 bilhões anuais feita pelo G-77, grupo de mais de 120 países em desenvolvimento.
"O mais sensível de todos sempre é o meio de implementação, em qualquer negociação internacional, mas eles estão procurando caminhos", disse. Ela ressaltou que o dinheiro não precisa ser disponibilizado imediatamente.
"Não é necessariamente para colocar agora, pode ter um processo", afirmou. "A proposta está em aberto e temos que ouvir, consultar muito e procurar os caminhos de convergência."
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