Dilma: venda de armas a todo vapor.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff e vários integrantes de seu governo saíram em defesa do documento final da Rio+20 ontem. "O texto aprovado consagra avanços importantes", disse a presidente, em seu discurso no primeiro dia da cúpula de chefes de Estado da Rio+20, no Riocentro. Depois, citou conceitos que foram introduzidos na declaração, como a erradicação da pobreza e igualdade racial.

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Mas a própria presidente fez uma ressalva ao afirmar que "a crise financeira e as incertezas que pairam sobre o futuro da economia mundial" criam um ambiente no qual "a disposição para acordos vinculantes fica muito fragilizada". Ou seja, o documento tem muitas intenções, só que poucos compromissos compulsórios dos países para a implementação do desenvolvimento sustentável.

Dilma fez as declarações durante discurso para líderes e representantes de 193 países da ONU. Ela iniciou sua fala de 20 minutos às 16h34.

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Metade do discurso foi para exaltar realizações de seu governo e de seu antecessor. Falou da ascensão de 40 milhões de pessoas à classe média, da redução do desmate da Amazônia e da criação de 18 milhões de empregos. Ao listar esses feitos, Dilma sugeriu que o Brasil é um exemplo de que é possível "crescer, incluir e proteger" – as três palavras que, segundo ela, traduzem o desenvolvimento sustentável.

O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, secretário executivo da Comissão Nacional para a Rio+20, respondeu às críticas de que teria faltado arrojo ao acordo. "Não se pode exigir ambição de ação se não existe ambição de financiamento. Quem exige ambição de ação e não põe dinheiro sobre a mesa está sendo pelo menos incoerente", disse.

Os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Aloizio Mercadante (Educação) destacaram os pontos que consideraram mais relevantes, como os acordos para incluir critérios ambientais na avaliação de desempenho econômico; o comitê para a definição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o compromisso de um novo tratado para os oceanos.