A mineradora Samarco anunciou neste sábado (26) que não pretende reconstruir a barragem de Fundão, que se rompeu há quase dois meses e provocou 19 mortes além de ter deixado um rastro de destruição por todo o leito do Rio Doce, até a foz no litoral do Espírito Santo. O reservatório, localizada no município de Mariana, em Minas Gerais, continha cerca de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de extração de minério de ferro e água.
O anúncio foi feito pelo próprio presidente da empresa, Ricardo Vescovi, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Ele afirma que a empresa não pretende voltar a operar barragens naquela área e diz que a empresa deverá ter condições de arcar com os custos estimados em R$ 20 bilhões para dirimir os danos ambientais provocados pelo rompimento.
Mais de 50 dias depois da tragédia, ainda não existem explicações sobre o que causou o colapso do reservatório. As famílias dos bairros de Bento Rodrigues e Paracatu passaram o Natal em hotéis ou em casas alugadas pela Samarco. O plano é reconstruir as comunidades em outra localidade. Dois corpos de vítimas ainda não foram localizados.
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