Coincidindo com a data em que se comemora o Dia do Rio, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente divulgou nesta terça-feira (24) um diagnóstico preliminar sobre as condições das principais sub-bacias de Curitiba.
Nos últimos dois anos, 96 das 120 sub-bacias da capital paranaense foram monitoradas, avaliadas e receberam o Índice de Qualidade das Águas (IQA), que em seu cálculo utiliza, majoritariamente, indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgoto doméstico nos rios e tem como objetivo avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento adequado. O número de coletas em cada sub-bacia variou de uma a três, dependendo do tamanho do local.
Dessas 96 sub-bacias, 60 (62,5%) receberam IQA ruim, 14 (14,5%) foram classificadas com IQA péssimo, 21 (21,8%) tiveram IQA razoável e apenas uma, a nascente do Rio Tapajós, recebeu IQA bom. O índice também prevê a avaliação “ótima”, mas nenhuma sub-bacia de Curitiba foi classificada como tal.
Sobre o estudo, o prefeito Gustavo Fruet afirmou que este mapeamento é uma importante medida de alerta e conscientização. Complementou dizendo que os resultados são um reflexo de “problemas de drenagem de mais de 50 anos, somados aos problemas relacionados ao descarte irregular de lixo.”
Medidas
Dentre as medidas relacionadas pela prefeitura para melhorar a qualidade da água na capital paranaense está a assinatura do Pacto das Nascentes, realizada em março deste ano pela cidade e outros dez municípios da Grande Curitiba que integram o Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Região Metropolitana. Por meio do pacto, o participante se compromete e diagnosticar, classificar, preservar, conservar e valorizar suas nascentes, em especial as localizadas em área urbana.
Também foi citado o Programa Olho d’Água, que prevê atividades de educação ambiental e limpeza dos rios com a participação da comunidade, principalmente de estudantes da rede pública do município.