O menino de 2 anos que tem várias agulhas espalhadas pelo corpo vai continuar na UTI pelo menos até segunda-feira (28) para evitar o assédio das pessoas, segundo a direção do hospital Ana Neri, em Salvador.

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A previsão era que ele fosse para a enfermaria pediátrica na manhã deste sábado (26), mas, como a a acomodação é coletiva, seria mais complicado preservar o menino de exposição, informou ao G1 o diretor do hospital, Roque Aras.

"Ele vai continuar na UTI por uma questão de segurança, e não por uma questão de saúde. O estado dele é muito bom."

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Na segunda-feira, ele passará por uma avaliação médica, que pode definir a data da terceira cirurgia. "Caso a cirurgia fique mais para o meio da semana, o menino poderá ir para a enfermaria. Se a equipe médica decidir operá-lo na própria segunda ou terça, ele nem precisa sair da UTI."

O menino já passou por duas cirurgias para a retirada de objetos do fígado, intestino, bexiga, coração e pulmão.

Na sexta, ele havia conseguido caminhar com a ajuda de fisioterapeutas do hospital onde está internado, em Salvador.

Cirurgias

Na próxima semana, o menino deve ser submetido a uma terceira cirurgia para a retirada de agulhas na coluna.

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"Uma agulha está no canal medular e há outras paralelas à coluna. Também sabemos que há outras agulhas no pescoço. A equipe vai se reunir para ver como será feito o procedimento", explicou Roque Aras, diretor do hospital.

Ainda não foi definida a data da operação. "Como é uma cirurgia de menor risco, essa operação foi deixada para um terceiro momento, quando ele estivesse em uma condição clínica melhor", afirma Aras.

Os médicos fizeram a primeira cirurgia na criança no dia 18 de dezembro. O objetivo foi retirar agulhas do pulmão e coração do garoto. No total, a equipe recolheu quatro objetos pontiagudos. O procedimento durou cerca de cinco horas.

A segunda cirurgia foi realizada no dia 23 de dezembro, quando os médicos retiraram 14 agulhas do fígado, intestino e bexiga.

Crime

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Segundo a polícia, o padrasto do menino confessou o crime. Ele disse à polícia que teve ajuda de duas mulheres. Os três estão presos.

O homem afirmou que enfiava as agulhas no corpo do menino como parte de um ritual religioso.