Pelo menos até as 9h desta sexta-feira, menos da metade dos animais com suspeita de febre aftosa da Fazenda Cachoeria, em São Sebastião da Amoreira (Norte do Paraná) - havia sido sacrificada.
Segundo dados dos técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), dos 1.810 animais da fazenda, 868 haviam sido abatidos - restando ainda 942. O trabalho na Cachoeira está previsto para terminar até o fim da tarde de sábado - três dias depois de seu início.
Na segunda-feira, segundo cronograma dos técnicos, deve começar o sacrifício do gado das duas últimas propriedades declaradas pelo Ministério da Agricultura como foco de febre aftosa. Ao todo serão sacrificados 4.412 animais das fazendas Alto Alegre e São Paulo, em Loanda - região Noroeste do Paraná. A previsão é que na sexta-feira (24) todos os animais com suspeita da doença no Paraná estejam mortos.
Somente após a morte do último dos 6.705 animais das sete fazendas com suspeita de foco, é que será iniciada a contagem de 180 dias para que o Paraná reconquiste o status de área livre de febre aftosa com vacinação.
Necropsia
Se, aparentemente, o sacrifício na fazenda Cachoeira parece atrasado, o trabalho da comissão de necropsia está adiantado. Nesta sexta-feira a comissão deve completar o trabalho de coleta das vísceras de quatro animais das propriedades em Loanda. Será o último trabalho desta comissão.
Serão coletadas vísceras de dois animais de cada fazenda. Assim como nas outras cinco propriedades, onde o ministério decretou o foco da doença, o material colhido pela comissão será enviado ao laboratório do Pan-Aftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa), no Rio de Janeiro, para análise.
A necropsia foi uma exigência dos pecuaristas, que pretendem provar cientificamente ao ministério que o Paraná está livre da doença. A posição dos donos de fazenda, em contestar o foco, é a mesma adotada pelo Governo do Paraná desde quando havia somente suspeitas da contaminação. Caso se confirme que não há a doença, os criadores terão direito a uma indenização maior.
Pagamento
De acordo com o site oficial do governo do estado, os donos das quatro fazendas - onde o sacrifício já foi realizado - receberam na manhã desta sexta-feira o valor referente a 50% da indenização. Os outros 50% serão pagos pelo Governo Federal.
Os valores foram levantados conforme laudo da Comissão de Avaliação e Sacrifício Sanitário.