Os funcionários da Sanepar que estavam em greve desde terça-feira (17) devem retornar ao trabalho, mesmo sem conseguir um acordo com a empresa. Uma audiência entre empregados e e representantes da empresa ocorreu nesta sexta-feira (20) para discutir a proposta de reajuste.
De acordo com Gerti Nunes, presidente do Seamac –sindicato que representa os funcionários de Curitiba, Litoral e da Região Oeste e Sudoeste do estado – a Sanepar não apresentou uma nova proposta e não houve acordo, sendo instaurado o dissídio. Mesmo assim, a maioria dos trabalhadores paralisados decidiu retornar ao trabalho na segunda-feira (23), mas o indicativo de greve será mantido até a data do julgamento do impasse, que ainda não tem data marcada.
Nunes ainda afirmou que o sindicato aguarda as assembleias de funcionários do Norte do estado, que são representados por outra entidade, para buscar outra solução ao impasse. “Se eles rejeitarem a proposta, o movimento deve se reestruturar e novas paralisações podem acontecer”, afirmou.
Ao todo, cerca de 500 funcionários estão greve em 13 cidades do Paraná.
Proposta
A empresa ofereceu um reajuste de 11,08%, representando a reposição das perdas inflacionárias. Em uma segunda negociação, a Sanepar ampliou o reajuste do vale-alumentação dos funcionários para 12,86% e o valor do vale-lanche para R$ 6.
Para os servidores,a nova proposta não resolve o principal problema dos funcionários, que são os baixos salários da maioria dos empregados. O sindicato pede que o piso salarial da Sanepar seja reajustado para 2,5 salários mínimos - o que representaria cerca de R$ 2,2 mil. O piso salarial atual é de R$ 1394.
Para conseguir esse aumento, o sindicato busca que o montante do reajuste de 11,08% na folha de pagamento dos salários seja dividido igualmente entre todos os funcionários. De acordo com Nunes, a empresa alega que a solução é inviável, pois acarretaria em um gasto alto em encargos trabalhistas.
Em nota, a Sanepar afirma que a proposta da empresa foi aceita por grande parte dos trabalhadores e que respeita o direito de manifestação dos funcionários.
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