O governo do Paraná inaugurou, nesta sexta-feira (1º), uma subseção do Instituto de Criminalística (IC) em Pato Branco, no interior do Paraná. A unidade foi idealizada para atender 15 municípios da microrregião, mas, segundo o Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares (Sinpoapar), nenhum perito foi destacado para o novo departamento. Ou seja, a unidade vai funcionar sem uma equipe que faça perícias.
“Não tem profissionais peritos para pôr lá. No máximo, vão colocar uma secretária e o órgão vai funcionar como uma unidade administrativa”, disse o presidente do sindicato, Leandro Cerqueira Lima.
O IC é responsável por laudos, perícias e exames criminais, que auxiliam na investigação e elucidação de crimes. O Sinpoapar aponta ainda que o efetivo de peritos criminais do Paraná é mais que três vezes menor do que determina a lei: o estado tem hoje 176 desses profissionais na ativa, enquanto a lei estadual 18.008 estabelece que o quadro deveria ser de 600 servidores. Mais da metade dos peritos estão lotados na central do IC, em Curitiba. O restante está divido por outras nove unidades, no interior do estado.
“Em 2014, o governador autorizou a realização do concurso, mas até agora nada foi feito. Não tem sequer banca definida. Não tem equipe”, apontou Lima.
Primeiro passo
Por meio de sua assessoria de imprensa, a diretoria da Polícia Científica – a quem o IC está vinculado – disse que a inauguração da subseção de Pato Branco é um “primeiro passo” para que o serviço possa ser disponibilizado na cidade.
Em princípio, a unidade terá funcionários administrativos, que vão receber os pedidos de laudos e periciais. Este serviço continuará sendo feito pela Criminalística de Francisco Beltrão.
A intenção da Polícia Científica é realizar um Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratar peritos que vão atender a unidade de Pato Branco e outras seções do interior do estado. O objetivo é que Pato Branco conte, até o ano que vem, com efetivo entre seis e sete peritos.
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