Em assembleia na noite desta sexta-feira, 6, os metroviários de São Paulo decidiram por unanimidade pela continuidade da greve que começou na quinta-feira (5).
A decisão dos trabalhadores foi tomada depois que a reunião de conciliação com o Metrô, na tarde desta sexta no Tribunal Regional do Trabalho, terminou novamente sem acordo. A empresa se recusa a dar o reajuste pedido pelos funcionários.
"Somos escravos modernos e temos o direito de nos rebelar. A proposta de hoje [sexta-feira] foi a mesma de ontem [quinta-feira]. Faremos assembleias diárias pedindo que ele negocie um índice de dois dígitos e um plano de carreira", disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres Júnior.
Prazeres Júnior ameaçou ainda angariar apoio de outros movimentos e promover uma greve geral nas vésperas da Copa. "Vamos segurar tudo até domingo. Depois, vamos conversar [entre a gente]. Se conseguirmos isso, podemos repetir o que essa rapaziada fez em junho do ano passado", afirmou. "Se a pancadaria ocorrer, vamos falar com todas essas categorias. Se a gente sangrar, vamos pedir ajuda de metalúrgicos, de bancários, e fazer um dia de greve geral na boca da Copa", gritou, com apoio dos metroviários.
O movimento tem apoio da CUT, CSP-Conlutas, Movimento Passe Livre e outros. O presidente do Sindicato disse ainda à categoria que o governo "não tem nada sem a classe trabalhadora". "A gente não vai deixar ele [governo] respirar", afirmou.
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