"Meu coração está vazio e partido porque está faltando o nosso amor", disse Silvana Bianchi, a avó materna do menino Sean Goldman, de 9 anos, após o embarque do neto com o pai biológico, David Goldman, para os Estados Unidos nesta quinta-feira (24).

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Segundo Silvana, este vai ser o pior Natal que a família vai passar e que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma covardia.

"Levar a criança no dia de Natal é um crime hediondo. Ele foi separado da irmã (Chiara, de 1 ano e 3 meses), isso é uma covardia", disse a avó de Sean.

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Ela contou que o menino ficou apavorado com o assédio da imprensa ao chegar ao Consulado Americano, no Centro do Rio, e que temeu que o menino fosse pisoteado. Segundo Silvana, no último dia de Sean no Brasil, o neto passou a tarde de quarta-feira (23), brincando com seis amigos no apartamento.

"Ele está muito triste de ir embora e que ficou muito assustado com toda aquela confusão. Ele estava muito nervoso. Teve febre de 38,5 graus à noite e vomitou quando chegamos ao Consulado. Ele está realmente muito abalado", contou Silvana.

Se dizendo descrente e com vergonha da justiça do país, disse mais uma vez que os direitos de Sean foram trocados por interesses econômicos e comerciais do Brasil. E não vê a hora de voltar a rever mo menino.

"Estamos providenciando tudo para visitá-lo o mais rapidamente possível. Não tenho condições de morar nos Estados Unidos. Não posso largar família e tudo para trás, mas sempre que possível irei lá ver meu neto." E concluiu: "Que Deus tenha piedade da alma de Gilmar Mendes".

A avõ de Sean se refere a uma reportagem publicada na BBC Brasil, que informa que o "Senado americano aprovou por unanimidade a extensão do programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras e de mais 131 países, depois que o STF determinou a entrega do menino Sean ao seu pai".

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O presidente do STF Gilmar Mendes decidiu na terça-feira (22), que o Supremo não tinha competência para julgar o caso e suspendeu a liminar que garantia permanência do garoto Sean no Brasil. O menino é alvo de disputa entre sua família brasileira e o pai biológico, o norte-americano David Goldman.