Os 10 soldados e um sargento flagrados em vídeo furtando produtos destinados aos atingidos pelas chuvas em Santa Catarina deverão ser julgados por crime militar. A informação foi dada ontem pelo general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada de Santa Catarina. Segundo o oficial, a sindicância foi descartada e o caso será conduzido, preliminarmente, em um inquérito policial militar (IPM). O protocolo militar já está sendo conduzido pelo capitão Ferreira, do 23º Batalhão de Infantaria, sediado em Blumenau e onde os acusados estão lotados.
Após a conclusão do inquérito, eles poderão ser, conforme a denúncia da promotoria, indiciados por crime militar ou por transgressão. Se forem indiciados por crime, vão se submeter ao Código Penal Militar. Neste caso, a pena é a prisão por até seis anos. Se o Ministério Público da União entender que o ato configura uma transgressão, eles poderão se submeter ao que prevê o Regulamento Disciplinar do Exército, com penas mais brandas. "Eles devem se submeter a um júri, só que militar", disse o general Pafiadache.
Na noite do episódio, 13 homens do 23º BI estavam de serviço em um dos pavilhões da Vila Germânica, principal centro de triagem de donativos destinados aos flagelados de Santa Catarina. Conforme levantamento inicial, 10 recrutas e um sargento se apropriaram de produtos.
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