A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 5 milhões a mineradora Rolando Comércio de Areia por lançar resíduos de beneficiamento de areia no rio Paraíba do Sul, em Jacareí, no interior de São Paulo. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (15).

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O rompimento de uma barragem da empresa com resíduos de mineração de areia ocorreu no dia 5 deste mês e provocou desabastecimento de água em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

O deslocamento dos resíduos no rio fez a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) interromper a captação de água do Paraíba do Sul. O motivo foi a turbidez, considerada acima do aceitável. Não houve mortandade de peixes.

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O rio abastece 75% de São José dos Campos, que tem cerca de 700 mil habitantes. Com isso, caminhões-pipa foram usados para atender locais prioritários, como hospitais.

O acidente ocorreu após a Rolando Comércio de Areia lançar resíduos da extração de areia numa lagoa da Meia Lua 1. O lançamento alterou a qualidade da água da lagoa, que ficou turva, e elevou seu nível, o que resultou no rompimento do talude. Não se sabe a quantidade de resíduo que vazou.

Segundo a Cetesb, as duas empresas têm licença ambiental, mas não havia autorização para o lançamento de águas residuárias da Rolando na lagoa da Meia Lua 1.

Rompimento de Barragem

À época a Meia Lua 1 estava com as atividades paralisadas por estar em processo de renovação de sua licença, enquanto a outra mineradora estava totalmente regularizada, conforme a companhia.

O episódio ocorreu três meses após o desastre ambiental do rio Doce, em Mariana (MG). O rompimento de uma barragem da Samarco causou 19 mortes e deixou um rastro de destruição que atingiu o rio e chegou ao litoral do Espírito Santo, a 600 km de distância.

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