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Na semana passada, a primeira faixa do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda de até R$ 1,6 mil, sofreu uma reviravolta. A União decidiu que não autorizará novos empreendimentos para essa faixa até que tenha conseguido pagar os débitos que possui com as construções já em andamento.

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No primeiro semestre deste ano, 202.064 mil unidades do programa de habitação popular, uma das principais vitrines da presidente Dilma Rousseff, foram contratadas. Apenas 3,66% dessas casas foram destinadas às famílias da faixa mais pobre. As contratações para esse público só ocorreram no início do ano e estavam relacionadas a contratos acertados em 2014, mas que ficaram para 2015. Na prática, o programa de habitação popular deixou de contratar moradias para o público que mais precisa dele.

Em tempos de vacas magras, não há mais recursos para o governo bancar até 95% do valor dos imóveis, que é o que ocorre na primeira faixa do Minha Casa, Minha Vida.

A promessa de criação da fase 3 do Minha Casa foi usada durante a campanha eleitoral, mas o lançamento do programa foi adiado várias vezes, principalmente por causa da frustração da arrecadação de impostos. Neste ano, o orçamento do Minha Casa caiu de quase R$ 20 bilhões para R$ 13 bilhões.

O cenário é ainda mais desesperançoso, já que, há tempos, municípios e estados não conseguem dar conta da construção de moradias para as famílias mais pobres sozinhos.

Isso tudo quer dizer que, mesmo com a implementação dos instrumentos do novo Plano Diretor de Curitiba, como a definição de vazios urbanos que possam ser utilizados para moradia popular, por exemplo, a habitação para as famílias mais pobres da capital está em xeque com a crise econômica que o país vive.

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