O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou nesta quinta-feira a existência de novo foco de febre aftosa no município de Japorã, no Mato Grosso do Sul. O caso foi identificado durante a vigilância do serviço veterinário do Ministério. A propriedade, com 137 animais, fica na região sudeste do município, próximo à fronteira com o Paraguai, dentro da área interditada desde outubro do ano passado quando 23 focos de febre aftosa foram registrados nos municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo.
O Ministério informou nesta quinta-feira, por meio da assessoria de imprensa, que os animais serão sacrificados nos próximos dias. Dos 137 bovinos, 13 têm menos de um ano, 25 têm entre 13 meses e 2 anos e 99 têm mais de 2 anos. A última vacinação contra febre aftosa foi realizada em maio de 2005. Em nota técnica, o Mapa informou que não foi possível o isolamento viral, mas que 22 amostras do soro sangüíneo, das 134 examinadas, foram reagentes a proteínas não-estruturais do vírus de febre aftosa. Dos 10 animais que apresentaram sinais clínicos da doença, todos com mais de 2 anos, apenas um foi reativo ao teste sorológico empregado.
Erro
O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, afirma que a ocorrência não caracteriza um novo foco de aftosa. Segundo ele, trata-se da suspeita da ainda existência do vírus numa área que já estava isolada devido à contaminação do ano passado. Um novo foco, ressalta Ramalho, seria a aftosa aparecer fora da área de interdição atual.
De 06 de Outubro quando o primeiro foco de aftosa foi decretado no Mato Grosso do Sul até hoje, 33.741 animais foram sacrificados, sendo a maioria (27.170) em Japorã. O rebanho remanescente no município é de, aproximadamente, 20.500 bovinos, distribuídos em 164 propriedades rurais, todas sob vigilância do serviço veterinário do Ministério da Agricultura.
Com o novo foco decretado no Mato Grosso do Sul, a divisa com o Paraná continua fechada. O procedimento foi adotado na quarta-feira pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). A entrada no Paraná de animais vivos e subprodutos das espécies suscetíveis à doença (bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos) está proibida e todos os veículos que cruzam a divisa são pulverizados com produtos químicos que destroem o vírus que provoca a aftosa.
Há 23 dias o Paraná concluiu o sacrifício dos 6.700 animais das sete propriedades decretadas focos de febre aftosa pelo Mapa. No momento, as fazendas estão em período de vazio sanitário, e se não for detectada a presença do vírus o estado pode reconquistar a condição de zona livre de febre aftosa no final de setembro. Desde que a suspeita da doença foi anunciada no estado, 56 países decretaram algum tipo de embargo à carne paranaense.
Mais “taxa das blusinhas”? Alta do ICMS divide indústria nacional e sites estrangeiros
O que propõe o acordo UE-Mercosul, desejado por Lula e rejeitado por agricultores europeus
O ataque grotesco de Lewandowski à imunidade parlamentar
Marcos Pereira diz que anistia a réus do 8/1 não deve ser votada agora para não ser derrubada no STF
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora