O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (30) a Campanha de Vacinação contra a gripe. A campanha começa no dia 4 de maio e o objetivo é garantir que ela alcance 80% do público-alvo, algo estimado em 39,7 milhões de pessoas. Serão disponibilizadas 54 milhões de doses. A campanha movimenta um investimento de R$ 500 milhões somente em vacinas, segundo Carla Magda Domingues, coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do MS.
Nova vacina
Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde recomenda o tipo de vírus que deve ser contemplado pela vacina contra a gripe A. Isso acontece porque existem inúmeros tipos de vírus influenza A e B que provocam a gripe, e a composição da vacina é definida de acordo com os vírus circulantes no ano anterior, a fim de garantir maior eficácia ao produto. Até o ano passado, toda a rede de saúde utilizava a trivalente, cuja proteção estende-se para os vírus A/H1N1, A/H3N3 e B.
A tetravalente, medicamento que está disponível desde a semana passada na rede particular, tem em sua composição uma cepa do vírus B a mais, ou seja, protege contra um vírus a mais do que a trivalente. Seu custo varia entre R$ 80 e R$ 100.
O infectologista Jaime Rocha explica que a ampliação protetiva da vacina é importante porque estimativas sugerem que até 25% das gripes sejam causadas pelo vírus B. “Foi observada a circulação de uma cepa que não estava contemplada na vacina e, por isso, foi feito esse ajuste.” No entanto, o médico reforça que o mais importante é tomar a vacina e que ambas, tanto a trivalente quanto a tetravalente, são seguras e eficazes.
No Paraná, a meta estipulada pelo MS é vacinar pelo menos 80% do público-alvo, mas, segundo a diretora do Centro Estadual de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Cleide Aparecida de Oliveira, o objetivo é atingir uma taxa de vacinação superior a 90% da população prioritária. O Paraná deve receber 2,9 milhões de doses da vacina trivalente, que estarão disponíveis em todas as 2,5 mil unidades de saúde do estado até o dia 22 de maio, quando a campanha acaba.
Cleide destaca a importância de tomar a vacina com números: em 2012, foram notificados 680 casos de influenza (internação e UTI) no Paraná, desses, 59 resultaram em óbito; em 2013, o número de casos subiu para 906 e o de mortes, para 67; em 2014, foram 228 casos e 16 falecimentos – desses, 11 pessoas faziam parte do grupo prioritário, mas não foram imunizadas. A maioria das mortes ocorreu em decorrência de complicações da gripe A. Nesses primeiros meses de 2015, já foram registrados 3 casos de influenza tipo B, sendo que uma mulher com mais de 60 anos morreu.
Prioridade
Dia D
No dia 9 de maio (sábado) postos de vacinação de todo Estado estarão abertos para promover um grande mutirão de vacinação. A ideia é chamar a atenção da população para a importância da imunização e facilitar o acesso ao medicamento àquelas pessoas que não podem ir até uma unidade de saúde durante a semana.
Seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a prioridade é que sejam vacinadas crianças de 6 meses a menores de 5 anos e pessoas com 60 anos ou mais; além de profissionais da saúde; indígenas; gestantes; mulheres até 45 dias após o parto e presos. Trata-se dos grupos mais propensos à doenças respiratórios.
Nessa avaliação também se incluem estudos sobre epidemias e comportamento de infecções respiratórias.
“Nosso objetivo é reduzir ao máximo as complicações causadas pela gripe. A vacina que oferecemos no SUS é muito segura e é fundamental para evitar internações, além de reduzir em até 75% o número de óbitos”, disse na manhã desta quinta-feira (30) o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A vacina pretende proteger contra três subtipos de gripe: A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. As vacinas estarão disponíveis em 65 mil postos de vacinação. Para ser vacinado, é preciso levar o cartão de vacinação e identificação.
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