O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, que pretende aumentar o número de testes anti-HIV realizados em 2009. Cerca de 3,3 milhões de kits para teste rápido serão encaminhados a todos os estados, o dobro do que foi repassado em 2008. A iniciativa pretende ampliar o diagnóstico da infecção pelo vírus da Aids, que hoje é feito de forma tardia, segundo o ministério, em cerca de 40% dos casos.

CARREGANDO :)

"Muitos dos que estão infectados pelo HIV não conhecem sua condição sorológica. Sem o exame, é provável que esse grupo seja diagnosticado apenas quando desenvolver os sintomas da doença", afirma a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão. O Ministério da Saúde estima que pelo menos 255 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus da Aids e ainda não tenham feito o teste.

Os kits para teste rápido serão encaminhados aos estados conforme solicitação das secretarias de Saúde. Eles são realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo e seu maior benefício, para o ministério, é chegar a locais onde o resultado demora e dar o diagnóstico na hora, além de dispensar equipamentos laboratoriais. O teste é oferecido pelos serviços públicos de saúde de forma sigilosa. Pesquisa

Publicidade

Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 67% do número de pessoas que já fizeram exames no país. Em 1998, apenas 24% da população entre 15 e 54 anos havia se testado. Em 2008, esse índice foi de 40%.

Entre as razões para o aumento deste índice estão a ampliação da oferta do teste nas redes SUS e privada e a implantação, em 2004, do teste rápido anti-HIV.

Ainda de acordo com o ministério, os exames convencionais também tiveram crescimento nos últimos anos. A quantidade de testes Elisa anti-HIV oferecidos na rede pública de saúde passou de 3,7 milhões em 2004 para 4,3 milhões em 2007.