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A chuva não dá trégua na cidade do Rio de Janeiro, mas o público parece não se importar: uma multidão lota a orla de Copacabana, na 14ª Parada do Orgulho Gay. Na abertura do desfile, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deixou um recado para o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que disse em um programa de televisão que o câncer de mama em homens "deve ser consequência de passeatas gay":

"Preconceito dá câncer, faz mal à saúde e pode matar. O que cura o preconceito e a doença e a solidariedade", disse Minc.

O governador Sérgio Cabral, acompanhado da primeira-dama, Adriana Cabral, também comentou o fato: "Eu lamento, não há nada mais nojento do que o preconceito. Lamento que haja político atrasado dessa maneira".

Cabral afirmou ainda que o preconceito não deve ser mais tolerado no país: "O Rio será sempre a vanguarda dos direitos civis no Brasil".

O travesti Jane Di Castro cantou o hino nacional, enquanto todas as autoridades davam as mãos e faziam o coro. Em seguida, o hino oficial da Parada, "O bom é beijar", foi cantado e todo o público foi convidado a se beijar na mesma hora, depois de uma contagem regressiva. Estavam presentes também a atriz Letícia Spiller e a cantora Teresa Cristina.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, não participou da abertura do desfile, mas falou com a imprensa antes do evento começar. Ele se comprometeu a criar a Coordenadoria GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) e ainda apoiar de forma sistemática todas as bandeiras do grupo.

Paes também lançou o desafio de fazer, em 2010, a Parada Gay do Rio maior do que a de São Paulo. Ele entregou a chave da cidade para Cláudio Nascimento, organizador do evento e fundador do Grupo Arco-Íris de Cidadania GLBT.

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