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crise de segurança

Ministro nega descontrole e diz que massacre em Roraima foi acerto interno do PCC

Penitenciária Agrícola de Boa Vista, onde 33 morreram nesta sexta-feira | HO/AFP
Penitenciária Agrícola de Boa Vista, onde 33 morreram nesta sexta-feira (Foto: HO/AFP)

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou nesta sexta-feira (6) que o sistema prisional brasileiro vive uma guerra entre facções rivais e que a situação tenha saído do controle após um novo massacre na Penitenciária Agrícola de Boa Vista, em Roraima, que deixou 31 mortos. Segundo ele, trocas de informações com os secretários estaduais de segurança descartam, inclusive, uma onda de rebeliões.

Ao contrário do que disse o secretário de Segurança de Roraima, o ministro disse que o episódio ocorrido nesta sexta-feira em Boa Vista não é “aparentemente” uma retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) à Família do Norte (FDN), autor do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. O ministro afirmou que vai viajar a Boa Vista nesta sexta-feira e ainda precisa “pegar mais informações” sobre o caso, mas que, num primeiro momento, as execuções parecem ter sido um “acerto interno de contas”.

“A situação dos presídios não saiu do controle. É outra situação difícil em Roraima. Roraima já tinha tido problemas anteriormente”, disse.

Em entrevista a uma rádio local, o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro Júnior, disse acreditar que os crimes tenham sido cometidos por membros do PCC como vingança pelas 56 mortes ocorridas em Manaus realizadas pela Família do Norte, que tem ligações com o Comando Vermelho.

No início da semana, Moraes disse acreditar que o massacre em Manaus não se tratava simplesmente de uma guerra entre facções rivais e que não haveria retaliação do PCC- embora a Polícia Civil de São Paulo tenha anunciado o início de investigações sobre um possível esquema de “resposta” do PCC à FDN.

As declarações de Moraes foram dadas durante a apresentação do plano nacional de segurança elaborado pelo governo federal nesta sexta. Antes do início das perguntas de jornalistas, ele falou por cerca de duas horas sobre os detalhes das medidas, mas não mencionou o episódio ocorrido na madrugada desta sexta em Boa Vista.

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