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tragédia no Rio

Missa de 7º dia reúne parentes e amigos no Morro da Carioca

Em clima de muita comoção, foi realizada na manhã desta quinta-feira (7) a missa de 7º dia para as vítimas das chuvas em Angra dos Reis, no litoral Sul Fluminense do Rio. A cerimônia começou pouco depois das 7h e reuniu cerca de 150 pessoas em uma praça que dá acesso ao Morro da Carioca, no Centro de Angra.

Parentes e amigos se emocionaram quando o Frei Alonso, da paróquia Nossa Senhora da Conceição, que celebrou a missa, pediu que os nomes das vítimas fossem ditos em voz alta pelos presentes. Algumas pessoas se ajoelharam e todos deram as mãos.

Ministros visitam a região

Na quarta-feira (6), o Ministério das Cidades confirmou que o ministro Marcio Fortes vai fazer uma visita a Angra dos Reis. Além de Fortes, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o vice, Luiz Fernando Pezão, também irão acompanhar a visita.

Segundo nota divulgada pela pasta, Fortes segue orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele conversou com Lula por telefone nesta quarta. A viagem de Fortes também é um pedido do prefeito do município, Tuca Jordão.

A comitiva deve chegar ao centro de Angra às 10h45, no Estádio Municipal, de onde se desloca para o Morro da Carioca, local em que um deslizamento de terra matou 21 soterrados. Em seguida, o ministro das Cidades segue para Ilha Grande, local do desmoronamento na Enseada do Bananal, que fez 31 vítimas.

As equipes dos bombeiros retomam na manhã desta quinta (7) as buscas pelos corpos de duas vítimas ainda desaparecidas. Uma delas é a moradora da Ilha Grande, Roseli Pedroso, a outra seria Alessandra, de 11 anos, filha do ajudante de obras Jorge Carvalho.

Os deslizamentos de terra provocados pelas chuvas já fizeram pelo menos 52 vítimas em Angra dos Reis. No estado do Rio, o número de mortos em consequência dos temporais chega a 74.

Do total de vítimas em Angra, 31 corpos foram encontrados sob os escombros na Praia do Bananal, na Ilha Grande. Outras 21 pessoas morreram depois de um deslizamento de terra no Morro da Carioca.

Demolições

No continente, a secretária estadual de Ambiente, Marilene Ramos, informou na quarta-feira (6) que o número de casas que precisam ser demolidas em Angra dos Reis pode chegar a três mil. A secretária fez um sobrevoo à região.

"O número certo só poderá ser dito após um mapeamento da área", disse ela. Na última terça-feira (5), o prefeito da cidade, Tuca Jordão, afirmou que ao menos 500 casas deverão ser demolidas.

Em reunião com o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Tuca Jordão, foram estabelecidas ações de curto, médio e longo prazo. Entre elas obras de contenção de encostas, drenagem e reassentamentos.

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