Cerca de 3 mil imóveis podem ser demolidos em Angra dos Reis, por se localizarem em áreas de risco. A estimativa foi feita pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, que sobrevoou nesta quarta-feira (6) as encostas do município, inclusive as situadas em Ilha Grande.
Segundo ela, o número exato de casas que serão demolidas será determinado por um mapeamento detalhado, que será feito em parceria com universidades fluminenses. O levantamento complementará o trabalho que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente vêm fazendo no município. Nesta quarta, por exemplo, eles estão avaliando possíveis pontos de risco em Ilha Grande.
Segundo a secretária, no entanto, esses especialistas não têm condições de avaliar riscos geotécnicos. Por isso, é necessário fazer o mapeamento em parceria com universidades.
O estudo permitirá o planejamento de ações de curto, médio e longo prazos para evitar novas tragédias no município. Como ações de curto prazo, a prefeitura de Angra dos Reis já iniciou demolições de casas em áreas de risco em morros da cidade.
Cerca de 500 residências deverão ser demolidas nessas regiões. A partir desse mapeamento, poderemos determinar mais demolições, reflorestamento, drenagem, obras de contenção e um foco muito forte no reassentamento, disse Marilene Ramos.
Segundo a secretária, os efeitos do decreto estadual de junho de 2009 que favorece a construção em áreas de preservação ambiental da região de Angra dos Reis estão suspensos enquanto o mapeamento das universidades não for concluído.
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