Foliões lotaram as ruas de Salvador, nesta segunda-feira (7)| Foto: Manu Dias/ Agecom

Em Salvador, a cidade segue no embalo das novidades nos trios elétricos e da tradição no Pelourinho. Reduto das fanfarras e dos antigos carnavais, o Pelourinho é um dos extremos do circuito, é a casa do afoxé "Filhos de Gandhy".

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Mas é no circuito dos trios que o carnaval baiano mostra o seu lado mais empolgante. Haja alegria pra seguir o ritmo dos blocos. Os artistas da música não dão trégua.

"É muito vibrar, é muito pulsar, é muita magia o carnaval da Bahia", diz uma mulher.

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O Oludum recebeu a visita de admiradores que fazem muito sucesso entre os adolescentes: os jovens roqueiros paulistas da banda Restart. Daniela Mercury fez do trio um ateliê de artistas plásticos.

Do chão é impossível ver o tamanho da maior festa de rua do país. Tem folião que paga pelo passeio de helicóptero sobre o circuito. Quase 20 quilômetros de carnaval.

De uma ponta a outra, os blocos preenchem todos os espaços do Pelourinho durante a noite. Mais de 1,7 milhão de pessoas brincando.

Se pra quem vai atrás do trio é a glória, imaginem o que sentem as estrelas que animam a multidão.

"São quase 17 anos de carreira e esse povo", diz a cantora Ivete Sangalo.

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O desfile dos trios elétricos e das estrelas no carnaval de Salvador não para. São mais de 50 atrações na noite de segunda-feira, como o bloco Balada, que desfila com a banda Jammil.

Maracatu rural anima carnaval de Olinda

A noite de segunda-feira é dominada pelos blocos líricos, que tomam as ruas do Recife antigo com suas orquestras tocando frevo pelo meio da multidão até chegar ao ponto do Marco Zero. Um dos mais tradicionais, o Bloco das Ilusões, se apresentou na noite desta segunda-feira, apresentando velhas e novas canções.

Em Olinda, a tradição do maracatu rural ganha força à cada ano, como mostra a atriz Beatriz Castro.

Eles chegaram de 25 municípios da Zona da Mata e do Agreste de Pernambuco para um dia de sonho e fantasia. São canavieiros, trabalhadores rurais, gente simples, que, no Carnaval, se transformam em rei, rainha. Se cobrem de brilho, conquistado com sacrifício.

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O personagem principal da corte do maracatu rural é o Caboclo de Lança, com sua roupa colorida, a imensa cabeleira e uma lança coberta de fitas. Ele é o guerreiro da tradição.

"Essa fantasia pesa em torno de 30 quilos, mas depois do cansaço, do sol quente, ai tem hora que pesa 100 quilos", conta um homem.

Nos anos 80, apenas 12 grupos resistiam. Hoje, 21 anos depois, mais de cem grupos com cerca de 10 mil componentes a celebrar a cultura do povo. Eles se revezaram em apresentações o dia todo e ainda tiveram disposição para seguir pelas ladeiras de Olinda.

Na cidade histórica, as ruas estreitas ficam superlotadas com centenas de blocos e todas as caras do Carnaval.

Políticos, celebridades e convidados internacionais desfilaram na versão gigante: 50 bonecos encantaram os turistas e os moradores na cidade patrimônio do Carnaval.

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