Brasília O advogado do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), Boris Trindade, disse ontem que a organização se dispõe a pagar os prejuízos causados no Congresso com a invasão promovida na terça-feira. "Recebi hoje (ontem) a informação de Bruno (Maranhão, um dos líderes do movimento), quando relatei a ele que a Câmara se queixava de um prejuízo de R$ 150 mil, ele me autorizou a dizer que o MLST vai pagar as despesas da Câmara", disse o advogado.
Ainda ontem, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, defendeu o repasse de verbas do governo para entidades ligadas às organizações de luta pela reforma agrária.
Em visita a Belo Horizonte, ele irritou-se com o questionamento dos jornalistas, que lhe cobraram um posicionamento diante da informação de que a Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária (Anara), fundada e comandada por líderes do MLST recebeu, de 1999 a 2006, R$ 5,7 milhões, sendo R$ 5,6 milhões durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Stédile argumentou que as organizações não-governamentais ganham recursos federais para realizar serviços sociais e de infra-estrutura nos assentamentos.
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