Um advogado de Curitiba relatou em depoimento à Polícia Civil que foi procurado pela modelo fisiculturista Renata Muggiatti, 32 anos, dias antes da morte dela. O criminalista Claudio Dalledone afirmou que foi contatado no dia 7 de setembro pela jovem por meio do serviço de mensagens do Facebook. Ele disse ter recebido informações sobre supostas agressões que ela sofria. Dalledone prestou depoimento sobre o assunto na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Leia a matéria completaNas mensagens, a modelo pediria ajuda ao advogado e teria enviado fotos do rosto dela e partes do corpo com hematomas, supostamente provocados por agressões do namorado. Em depoimento à Polícia Civil, o advogado apresentou as mensagens e contou sobre a conversa, dizendo que não a conhecia até o momento em que ela entrou em contato com ele.
Dalledone tentou tranquiliza-la durante a conversa e aconselhou que a modelo registrasse boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. Renata teria explicado durante a conversa que não havia, até aquela data, registrado nenhuma queixa na polícia contra o namorado porque gostava dele.
Ao fim da conversa, enviou o número de celular dela ao advogado, mas os dois não se falaram mais desde então. Dalledone informou à DHPP que soube da morte da moça após um contato que o ex-marido dela teve com ele, passando informações sobre o caso. A reportagem tentou entrar em contato com o advogado do namorado de Renata, mas as ligações não foram atendidas até o fim da tarde desta terça-feira (15).
A Polícia Civil confirmou que o advogado prestou depoimento à DHPP e que o conteúdo da oitiva vai auxiliar nas investigações.
Renata morreu na madrugada de sábado (12), após cair da janela do apartamento onde morava em Curitiba. Após a morte da modelo, uma mensagem que teria sido feita por ela no Facebook começou a circular na rede social. O texto, segundo a Polícia Civil, caracterizava o caso como suicídio, mas os investigadores ainda averiguam o real horário da postagem, bem como os acontecimentos que precederam este fato.
A Polícia Civil já ouviu o namorado da vítima. Ele prestou esclarecimento aos policiais no apartamento em que ela estava antes de morrer. Ele afirmou, segundo a Polícia Civil, que antes de ela ter supostamente se jogado da janela do prédio, ele teria evitado duas tentativas de suicídio dela. Na terceira vez, entretanto, ele afirmou que estava em outro cômodo do apartamento e não conseguiu evitar a morte da jovem.
Ainda de acordo com a Polícia, há informações de que Renata e o namorado tinham um relacionamento conturbado. Foi constatado, segundo nota da Polícia Civil, que no dia 7 de setembro a Polícia Militar havia feito um atendimento a uma ocorrência que envolveu o casal.
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