Cortejo com os corpos dos dois policiais mortos parou Medianeira| Foto: Acime

A população de Medianeira, na região Oeste do estado, parou por volta das 16h desta terça-feira (5) para se despedir dos dois policiais militares assassinados na noite de segunda (4) por um adolescente.

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Moradores foram às ruas e comerciantes baixaram as portas para homenagear os PMs. O cortejo percorreu as principais ruas da cidade.

A população aproveitou o protesto para pedir segurança. A desenhista Ana Luysa Berti, 26 anos, nasceu em Medianeira e está assustada com a violência. Assaltos e homicídios passaram a ser frequentes no município de 42 mil habitantes. Ela diz ter tido a moto furtada em casa, em uma região da cidade considerada tranquila. "Chegamos a um ponto no qual ninguém tem medo da lei", diz.

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Vice-presidente da Associação Empresarial de Medianeira (Acime), Lucas Ghellere organizou, há cerca de um mês, uma passeata na cidade para chamar atenção para a falta de segurança. A Acime enviou ofício ao governo do estado solicitando reforço no efetivo da PM e da Polícia Civil. Também consultou o governo federal para um sistema de videomonitoramento na área central e obteve a resposta que a medida depende de um projeto do município. "O nosso associado está assustado. Estamos com problemas nos plantões de farmácia. Ninguém quer abrir fora do horário comercial", diz.

Conforme dados repassados pela Polícia Militar à Acime, de janeiro a junho deste ano ocorreram seis homicídios em Medianeira. No mesmo período do ano passado foi somente um.

O delegado da Polícia Civil em Medianeira, Herculano de Abreu, classifica a morte dos policiais como um acaso. "Foi um acaso, bem atípico", diz. Ele alerta para os cuidados que os moradores precisam tomar na cidade, que, apesar de pequena, não é mais tranquila.