A morte do pedreiro Édson Elias dos Santos será investigada num inquérito que apura a tentativa de furto. Na madrugada de sábado, Santos foi morto com diversos tiros nas costas no Largo da Ordem, no Centro Histórico de Curitiba. A suspeita é que o pedreiro tenha sido executado por seis policiais militares que atenderam à ocorrência.
Um inquérito policial militar (IPM) foi aberto para investigar se houve abuso por parte dos policiais. Os seis PMs foram afastados dos serviços de rua e, enquanto durarem as investigações, eles prestarão serviços administrativos dentro do Batalhão de Polícia.
A versão oficial da PM é que os policiais foram chamados para atender uma suspeita de roubo de carro. Santos, que estava com mais duas pessoas, teria reagido à abordagem atirando. Entretanto, uma testemunha, que não quis se identificar por medo de represálias, negou que Santos estivesse atirado no momento da abordagem.
Segundo reportagem do Paraná TV, os PMs encaminharam ao delegado de plantão um revólver calibre 22 e uma mixa - usada por ladrões de carros. Um relatório da polícia diz que a arma tinha duas balas intactas e que oito tiros foram dados. O revólver será periciado para saber se funciona mesmo.
De acordo com os investigadores, mesmo após a perícia não é possível identificar o dono da arma, já que o revólver não tem número de série. Nesse caso, vai valer a palavra dos policiais.
A reportagem do telejornal ParanáTV teve acesso aos depoimentos dos dois homens que foram detidos e estavam com Santos no momento da abordagem da polícia. Os dois dizem que não conhecem o pedreiro, entretanto, um deles diz que todos estavam juntos quando a polícia chegou e que Santos correu, mas não sabe dizer se ele estava armado.
De acordo com a testemunha, que prefere não se identificar, a polícia chegou mandando os três encostarem na parede. "O Édson saiu correndo e os polícia (sic) foram atrás. Daí nós só escutamos os tiros e vimos eles (PMs) arrastando ele e jogando no camburão", relata. Santos, porém, morreu dentro da ambulância antes de chegar ao hospital.
A testemunha conta ainda que ele foi torturado e ameaçado pela polícia. "Deram na nossa barriga e murro na cara. Lá eles quase mataram nós", conta. "Eu pedi para ligar pra família e eles (polícia) falaram que morto não falava com ninguém. Que eles iam matar nós (sic)", completa. Veja em vídeo a entrevista com a testemunha que nega a versão da polícia.
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