O fim de semana foi violento e acabou forçando a delegacia de Homicídios a pedir reforço policial para atender todas as ocorrências. Da meia-noite de sábado até às 16 horas deste domingo (17) foram contabilizadas 30 entradas no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. Destas, seis foram de acidente de carro e 13 foram por vítimas de arma de fogo ou arma branca.
"É uma situação atípica. Em média temos de dois a três homicídios para investigar num fim de semana. Só neste, estamos com oito para resolver agora", explicou o delegado titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba (DH), Rubens Recalcatti.
Dos casos que estão na DH, três chamam a atenção do delegado Recalcatti, por se tratar de vítimas jovens. "A maioria dos casos é por motivo banal", diz. Ana Carolina Turatti Affonso, 19 anos, grávida de três meses, foi morta pelo marido em casa, no Bairro Alto, depois que os dois voltaram de um passeio no parque. Ele teria ficado com ciúmes porque a moça estava conversando com outro no parque. Em casa, ela teria pego uma faca e ameaçado o marido e este acabou baleando a esposa.
Uma outra jovem, de 23 anos, teria pego carona com um motoboy e acabou baleada com dois tiros no rosto e um nas costas. O próprio motoboy avisou a polícia do crime ocorrido.
Já na Vila Verde, na CIC, Bruna de Souza Ferreira, de 18 anos, morreu após ter sido esfaqueada no meio de uma festa que ocorria na rua. Ninguém sabia explicar à polícia as motivações do crime.
Ainda na tarde de hoje (17), chegou a Delegacia de Homicídios Jeremias da Silva da Cruz, 24 anos, que se apresentou como o autor do crime na Rua Caiobá, no Cajuru. Ele matou o amigo, de 25 anos, com um paralelepípedo desferido na cabeça do rapaz. Jeremias disse ao delegado que estava arrependido e que teria cometido o crime porque ouvia vozes e achou que o amigo, que estava ao lado dele, iria matá-lo. Jeremias é usuário de crack.
Dos 30 óbitos que havia no IML, um foi suicídio e outros seis eram de pessoas que ainda na tarde de hoje não haviam sido identificadas.