Atualizado em 06/03/06 às 23h34
Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba entraram em greve, desde a zero hora desta terça-feira (7). Após inúmeras reuniões na tarde desta segunda, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros (Sindimoc) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) não chegaram a um acordo comum. A greve, por tempo indeterminado, foi deflagrada em assembléia da categoria realizada no fim desta noite.
Na saída da assembléia, houve tumulto e troca de insultos entre os patidários da paralisação e profissionais contrários à decisão.
O vice-presidente do Sindimoc, Valdecir Bolete, afirmou que foi oferecido um aumento de 5% nos salários. O sindicato pretendia chegar a 6%. A diferença de 1% não foi conseguida. "A inflação acumulada nos últimos nove meses foi de 2,7%. Com o reajuste, teríamos um ganho real de 2,3%", explicou. Ele se refere a nove meses de inflação porque na negociação do ano anterior o acordo saiu com três meses de atraso e cobriu 15 meses de reposição de inflação.
Após a assembléia, segundo Bolete, os participantes foram para a frente das empresas para a realização de piquetes. "Não houve um consenso. O reajuste oferecido pelas empresas não é justo. E por isso nós decidimos entrar em greve", explicou Bolete em entrevista afirmou à radio Band News. Devem participar da paralisação, funcionários de pelo menos 25 empresas de ônibus.
OtimismoQuem estava otimista com a decisão antes da assembléia era o assessor jurídico do Setransp, Carlos Alberto Ribas Santiago. Ele participou das reuniões e afirmou que os 5% de reajuste deveriam ser aceitos pela empresa. Com a decisão da categoria, a empresa prometeu viabilizar o aumento.
UrbsA assessoria da Urbs, empresa que administra o transporte coletivo na capital e região, deve se manifestar nesta terça-feira. Perguntada se o aumento dos funcionários provocaria um aumento no valor das tarifas dos ônibus, a assessoria disse que não está nos planos do órgão o reajuste no passe. Segundo a Urbs, a folha de pagamento representa 50% do valor da tarifa e a negociação do aumento salarial não deve refletir para o usuário final.
De acordo com a assessoria da Urbs, as planilhas de custos já prevêem reajustes anuais dos funcionários, desde que sejam aplicados os mesmos porcentuais da inflação dos últimos doze meses.
Aumento nas tarifasDurante a manhã desta segunda, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, se reuniu com o governador do Paraná, Roberto Requião, para discutir medidas que possam evitar um aumento nas tarifas do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana.
Uma das medidas que mais influenciariam no valor final do passe seria a redução do Imposto sobre Serviços e Circulação de Mercadorias (ICMS) nas compras do óleo diesel. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), a desoneração do ICMS na compra de óleo diesel poderá causar um impacto de 2,5% a 3% no valor final.
Interatividade:
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