Rui Barbosa será um dos pontos onde vai haver protesto| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Um ato de motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana (RMC) por mais segurança nos ônibus e estações-tubo deve atrasar, nesta terça-feira (17), linhas que partem da Praça Rui Barbosa e dos terminais do Pinheirinho e Cabral. A previsão do sindicato da categoria, o Sindimoc, é de que os coletivos tenham atraso de partida a partir das 15 horas, quando começa a manifestação. O ato deve durar 15 minutos.

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De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, o protesto desta terça-feira é um “grito de socorro” da classe, que pretende chamar a atenção das autoridades para os casos de violência no transporte da capital. Entre janeiro e 29 de setembro de 2015, foram mais de dois mil assaltos a ônibus e estações-tubo na RMC, segundo o sindicato das empresas de transporte (Setransp) e a Urbs.

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“Precisamos de uma solução dos órgãos de segurança pública. Nós estamos bastante preocupados e precisamos de uma definição nesse quesito, algo que faça diminuir esses assaltos”, avalia Teixeira. Ele ressalta que o ato não vai paralisar as linhas de ônibus, e que o impacto será apenas de atrasos das linhas que partem dos locais onde haverá manifestação.

PM nega arrastões como problema de segurança

Há dez dias, durante coletiva concedida à imprensa, a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) disse que não considera os arrastões nos ônibus de Curitiba como um problema de segurança. A afirmação foi feita pelo coronel Péricles de Matos, que disse haver registro de apenas um caso de arrastão na capital nos últimos anos.

Embora a PM afirme a existência deste único caso“ao longo de anos em Curitiba”, pelo menos cinco crimes do tipo chegaram a ser noticiados apenas do último mês de junho pra cá.

O último caso de arrastão em Curitiba de que se tem notícia formal até o momento, e não contabilizado pela PM, ocorreu no 29 de outubro, no interior de um ônibus da linha Parque Industrial. Segundo informações da empresa na época, uma dupla obrigou o motorista do veículo a alterar o trajeto do ônibus e depois assaltou condutor, cobrador e passageiros.

No começo de outubro, um motorista da linha Campo Comprido-Capão Raso chegou a ser esfaqueado ao tentar se esquivar da agressão de um assaltante. O único caso considerado polícia foi no dia 24 de setembro, quando criminosos renderam o condutor e o obrigaram a mudar o trajeto da linha Fazenda Rio Grande-Pinheirinho. Aproximadamente 110 passageiros estariam no ônibus.

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