O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu nesta terça-feira (18) inquérito para apurar possíveis irregularidades na atuação da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp) na contratação de empresas de professores e familiares. O caso foi revelado no domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Pelo menos 12 empresas ligadas a professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) tiveram contratos que somam cerca de R$ 2,3 milhões. Essas contratações estão ligadas a 20 projetos, a maioria realizada em parceria com a Petrobras, como revelou a reportagem. Uma firma no nome de duas secretárias também aparece na lista de contratos.
USP abre sindicância para investigar contratos do Fusp
O Código de Ética da USP condena o conflito entre os interesses pessoais dos servidores e os da universidade
Leia a matéria completaUma outra empresa é ligada a familiares do agora ex-diretor da Fusp, José Roberto Cardoso - após questionamento da reportagem, ele se afastou do cargo. O contrato, de R$ 546 mil, foi fechado dentro do projeto, de R$ 12 milhões, de um sistema de corredores de ônibus (BRT) da Prefeitura de São José dos Campos.
O inquérito foi aberto pela Promotoria de Justiça Cível e Fundações da Capital, responsável pela fiscalização de fundações, com base nas informações publicadas. A promotoria deve reunir documentos, colher depoimentos e realizar perícias nos contratos da fundação.
A USP informou que prestará todas as informações necessárias ao MP-SP. Cardoso já declarou que não falaria mais sobre o caso. O ex-diretor da Fusp, professor Antonio Massola, disse nesta terça por e-mail que “o assunto está com a Fusp e a USP”.
O reitor Marco Antonio Zago preside Conselho Curador da Fusp e é responsável “pela aprovação e acompanhamento das atividades” da fundação. Ontem, a reitoria anunciou a criação de uma sindicância para apurar a atuação da Fusp.
A Associação de Docentes da USP (Adusp), que há anos critica a atuação de fundações privadas na universidade, publicou texto em seu portal repercutindo “o conflito de interesses” revelados pela reportagem. O sindicato questiona a criação da comissão sindicante, uma vez que o próprio reitor, que a criou, preside o conselho da fundação. “Afinal de contas, a situação é delicada, uma vez que o reitor também está em situação de conflito de interesses, na condição de presidente do Conselho Curador”, diz parte do texto.
A reitoria informou que o reitor não fará parte da comissão sindicante. O grupo será formado por gente da Fusp e professores da universidade.
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