O Ministério Público do Paraná (MP-PR) e representantes dos delegados do estado defenderam, nesta terça-feira (26), a maneira como são conduzidas as investigações sobre supostos homicídios ocorridos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curitiba. O órgão de Justiça sustentou que as provas são contundentes. Posicionamento este que também é compartilhado por duas entidades de classe ligadas à polícia que se pronunciaram durante a tarde.
Em nota, o MP-PR alegou que as provas que compõem o inquérito são consideradas fortes, fato que, segundo o documento, justifica a decisão do órgão de acatar pedidos de prisão e busca e apreensão feitos pela Polícia Civil. Cinco foram presos até esta terça, a chefe da UTI, Virgínia Soares de Souza e quatro funcionários do hospital.
O Ministério Público também informou que os promotores acompanham o desenrolar do caso. Uma manifestação detalhada a respeito do tema, no entanto, será feita apenas quando o inquérito for concluído. Segundo a nota, a partir do encerramento das apurações, o MP-PR terá ainda cinco dias para oferecer a denúncia na Justiça.
Delegados do PR
Em entrevista coletiva durante a tarde desta terça-feira, a Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol) rebateram as críticas feitas à polícia. Eles ressaltaram que toda a investigação é feita dentro da legalidade e reiteraram o apoio do Ministério Público nas apurações.
Durante o pronunciamento, o presidente da Adepol, Kiyoshi Hattanda, prestou solidariedade à titular do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), Paula Brisola, e defendeu as investigações. "Os áudios são as principais provas do inquérito, e os áudios são estarrecedores", disse Hattanda, que, apesar disso, não confirmou que teve acesso às gravações - que até então corriam sob sigilo de Justiça.
O presidente do Sindepol, Jairo Estorilho, reforçou a tese de que não houve abuso de autoridade em nenhuma etapa da investigação. Ele também classificou como inadequado o posicionamento do Hospital Evangélico, que, nesta segunda-feira (25), titulou a operação policial no caso como policialesca e midiática.
"Por fim, a classe médica presta um enorme serviço à sociedade. Mas os médicos não estão acima da lei e serão investigados caso seja necessário", disse Estorilho.
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