A Promotoria de Defesa do Consumidor de Curitiba informou nesta sexta-feira (4) que encaminhou à Sanepar um ofício em que sugere que os consumidores paguem somente pela água que usarem, ao invés de pagar o consumo mínimo de dez metros cúbicos por mês. Hoje, mesmo que consuma menos, o usuário tem que pagar no mínimo o equivalente aos dez metros cúbicos por mês.
De acordo com o promotor de Justiça João Henrique Vilela da Silveira, que assina o ofício, a mudança ajudaria a diminuir os danos da estiagem que atinge o Paraná.
"É uma medida de incentivo ao uso racional da água, que se faz necessária porque, tendo em vista que os beneficiados por tal tarifa são obrigados a pagar o mínimo referente a este consumo de dez metros cúbicos, mesmo que seus consumos sejam inferiores a isto, muitos se sentem desmotivados a colaborar com o uso racional da água, e acabam gastando os dez metros, mesmo que possam gastar menos, porque pagarão por eles de qualquer forma", afirmou o promotor em nota do Ministério Público Estadual.
O consumo mínimo é uma das principais reclamações dos leitores que participam do fórum de discussão da Gazeta do Povo Online (clique aqui e leia os comentários). Entre eles está Luciane Flores Queiroz: "Qual a contrapartida da Sanepar para com aqueles que vão sofrer o racionamento e consomem menos que dez metros cúbicos de água por mês?". A reclamação se baseia no fato que a população que consome o valor mínimo ou menos não teria incentivos para economizar no gasto de água.
A Sanepar informou, por meio de sua assessoria, que ainda não recebeu o ofício e que irá se manifestar sobre a sugestão da promotoria assim que receber o documento.
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