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O Paraná enfrenta a pior estiagem dos últimos 75 anos, o que tem contribuído para o aparecimento de uma grande quantidade de focos de incêndio em florestas do estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, 95% das matas paranaenses encontram-se em "risco extremo" de queimada por causa da seca prolongada. Desde abril, foram atendidos quase 3 mil ocorrências em todo o Paraná. Em Curitiba e região metropolitana (RMC), pelo menos 80 focos foram eliminados desde domingo – 29 só nesta terça-feira.

Estatísticas da Polícia Florestal mostram que neste mês já foram registrados 1.008 incêndios no Paraná. Nesta terça, oito incêndios de grandes proporções eram combatidos no estado – um no Parque Nacional do Iguaçu e os outros em Bocaiúva do Sul, Itaperuçu, Carambeí, Castro, Cambará, Colorado e Colombo.

Mais de 30 homens trabalham desde domingo para conter focos de incêndio no interior do Parque Nacional do Iguaçu, próximo a Céu Azul, na região Oeste. Os bombeiros não descartam a possibilidade de o incêndio ter sido provocado. "Havia mais de um foco no local, o que permite afirmar que o incêndio não foi de causa natural", explica o tenente Neorival Ávila, do grupamento de Cascavel. A hipótese mais plausível para ele seria a de que caçadores ou palmiteiros que agem clandestinamente na região tenham ateado o fogo.

O incêndio foi detectado no domingo, e a equipe demorou seis horas para abrir caminho na mata fechada e iniciar o combate às chamas. Os equipamentos utilizados pela corporação são mais simples, como abafadores, bomba costal, enxadas e pás, mas um helicóptero particular também tem sobrevoado a região para despejar bolsas d’água.

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